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Corinthians mantém DNA com melhor defesa, mas ataque sofrível atrapalha

Jogadores do Corinthians recebem orientações de Fábio Carille durante o jogo contra o Vasco - Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians
Jogadores do Corinthians recebem orientações de Fábio Carille durante o jogo contra o Vasco Imagem: Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Diego Salgado

Do UOL, em São Paulo

01/10/2019 04h00

Solidez defensiva como principal pilar do time. O estilo do Corinthians mantido há mais de uma década ainda é o maior trunfo da equipe de Fábio Carille na árdua tarefa de tirar a diferença para os líderes do Brasileirão.

Dono da melhor defesa de cinco das oito edições do campeonato na atual década, o Corinthians caminha para repetir essa marca em 2019. No começo do segundo turno, a equipe registra apenas 13 gols sofridos em 21 jogos disputados.

O bom desempenho na defesa, porém, contrasta com a inoperância do ataque. Com 24 gols marcados - o nono melhor ataque do Brasileirão -, o Corinthians encontra dificuldades para transformar o título brasileiro num sonho possível.

O resultado desse estilo do Corinthians é a quantidade de vitórias magras, como a conquistada no último domingo. Contra o Vasco, em Itaquera, o placar de 1 a 0 se repetiu pela quinta vez, exatamente a metade dos triunfos alvinegros no campeonato.

As dificuldades no ataque impedem que time alcance uma sequência capaz de brigar de forma direta com Flamengo e Palmeiras - o time rubro-negro soma 47 gols no torneio, quase o dobro do Corinthians. Em cinco duelos do Brasileirão, por exemplo, os corintianos saíram de campo sem balançar as redes.

DNA mantido

Carille nunca escondeu que a prioridade era encontrar solidez defensiva para depois buscar resultados melhores no ataque. Tal discurso veio à tona no começo de 2017, quando ele assumiu o time pela primeira vez, e no início deste ano, marcado pelo seu retorno ao clube.

Há dois anos, a estratégia deu certo. Desacreditada, a equipe se mostrou forte da defesa e, aos poucos, conseguiu melhorar o desempenho ofensivo. Na atual temporada, o cenário não se repetiu.

Vale lembrar que Carille chegou ao Corinthians há dez anos. Até ser efetivado no cargo de técnico, foi auxiliar de Mano Menezes e Tite, treinadores que ajudaram a cravar o DNA no clube.

Não à toa, o Corinthians terminou as seguintes edições do Brasileirão com a melhor defesa: 2011, 2013, 2014, 2015 e 2017 - em três delas, sagrou-se campeão, em temporadas em que conseguiu unir solidez defensiva e efetividade no ataque.

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