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Com Diniz, São Paulo repensa filosofia de novo e faz de mudanças sua rotina

Desde que assumiu, Leco ainda não viu o departamento de futebol do São Paulo viver sequência - Marcello Zambrana/AGIF
Desde que assumiu, Leco ainda não viu o departamento de futebol do São Paulo viver sequência Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

Arthur Sandes e José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

27/09/2019 19h00

O São Paulo viveu mudanças na comissão técnica 14 vezes desde que o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, assumiu a presidência. Foram 11 técnicos, entre efetivos e interinos, em um período de turbulência cujo sintoma mais recente foi a contratação de Fernando Diniz, anunciado ontem à noite e apresentado oficialmente nesta tarde.

Leco herdou o cargo de Carlos Miguel Aidar em outubro de 2015, e na mesma semana em que estreou o treinador Doriva. De lá para cá passaram pela comissão técnica Milton Cruz, Edgardo Bauza, André Jardine (três vezes), Ricardo Gomes, Pintado (duas vezes), Rogério Ceni, Dorival Júnior, Diego Aguirre, Vagner Mancini e Cuca. Agora é a vez de Fernando Diniz, que estreia no jogo com o Flamengo, às 19 horas (de Brasília) de amanhã (28).

Incluindo interinos, a média é de duas trocas por temporada. Foram quatro treinadores em 2016, três nos anos seguintes e mais quatro nesta temporada (veja a lista mais abaixo). Com todas estas mudanças, o São Paulo vive sequência de cinco anos trocando treinador durante uma campanha: o último a durar de janeiro a dezembro foi Muricy Ramalho, em 2014.

No início deste ano o plano era dar confiança a André Jardine, que internamente era visto com potencial e em conformidade com a filosofia buscada por Raí e Leco. Não durou nem 20 jogos, e o São Paulo adiantou uma recuperação pós-cirúrgica de Cuca para mudar de rumo. Neste ínterim foram nove jogos com Vagner Mancini, que nesta semana voltaria para mais um período "tampão". Até a diretoria mudar de ideia e anunciar Diniz.

O time também muda de estilo, e com grande frequência. Na sequência de treinadores de 2019, há um vai e vem na maneira mais básica de pensar o jogo. Jardine tinha estilo cadenciado, amante da posse de bola e do jogo por posição; Cuca é adepto de um futebol mais ágil, de reação, que pegue o adversário de surpresa; agora Fernando Diniz pretende retomar a valorização da posse de bola e do volume de ataque.

O São Paulo vive jejum de títulos há sete anos, período que inclui as quatro temporadas sob presidência de Leco. O mais próximo que o Tricolor chegou de um título foi no último Campeonato Paulista, no qual perdeu a final.

As trocas de treinador da 'era Leco'

Novembro/2015: Doriva sai, Milton Cruz assume (interinamente)
Janeiro/2016: Edgardo Bauza é contratado
Agosto/2016: Bauza sai para a seleção argentina, André Jardine assume (interinamente)
Agosto/2016: Ricardo Gomes é contratado
Novembro/2016: Ricardo Gomes sai, Pintado assume (interinamente)
Dezembro/2016: Rogério Ceni é contratado
Julho/2017: Rogério Ceni sai, Pintado assume (interinamente)
Julho/2017: Dorival Júnior é contratado
Março/2018: Dorival Júnior sai, André Jardine assume (interinamente)
Março/2018: Diego Aguirre é contratado
Novembro/2018: Diego Aguirre sai, André Jardine assume é efetivado
Fevereiro/2019: André Jardine sai, Vagner Mancini assume (interinamente)
Abril/2019: Cuca é contratado
Setembro/2019: Cuca sai, e Fernando Diniz é contratado

Errata: este conteúdo foi atualizado
Ao contrário do informado na parte final do texto, André Jardine deixou o comando do time profissional em fevereiro de 2019 e, não, em novembro de 2018. O erro foi corrigido.

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