Belletti e Zetti aprovam ideias de técnicos estrangeiros e citam ciúme
Presentes no ESPN Bom Dia, programa matinal da ESPN Brasil, os ex-jogadores Belleti e Zetti comentaram o sucesso atual dos técnicos Jorge Jesus, do Flamengo, e Jorge Sampaoli, do Santos.
Belletti, que deve iniciar a carreira de técnico ainda neste ano, e Zetti, que chegou a treinar alguns times brasileiros nos anos 2000, destacaram que as ideias dos comandantes de Flamengo e Santos só trazem benefícios ao futebol nacional.
"É sempre muito bom que eles venham, em todos os sentidos: nas entrevistas quando falam o que não queremos ouvir, na maneira com que se comportam em vitórias e derrotas e no jeito que se adaptaram ao Brasil. Vai ter ciúme? Sim, mas se um brasileiro fizesse isso lá fora, ia acontecer a mesma coisa", disse Belletti.
Zetti opinou que o ciúme faz com que todos os outros técnicos se reciclem. "Isso mexeu com todos os treinadores brasileiros. Temos que estudar mais, aprender mais. Já está tendo ciúme e cobrança de treinador. Um fala mal do outro só porque é estrangeiro".
Elogios ao Flamengo...
O ex-lateral valorizou o time comandado por Jesus. "O Flamengo está jogando bem porque o técnico entendeu que é possível trabalhar da maneira dele. Quando você vê um time que tem muita posse de bola, joga bem e não ganha, é preciso mudar. É muito legal ver o Flamengo fazendo as duas coisas", disse Belletti.
... e ao Santos
Zetti, por sua vez, afirmou que o trabalho de Sampaoli é ousado. "No Santos, ele conseguiu trazer a ideia dele. Na Universidad de Chile e no Sevilla, não, porque não tinha qualidade técnica com vigor físico. Ele tira o máximo. O Santos ganha de 3 ou perde de 4, mas o pensamento dele é esse. Só não sei até que ponto ele vai conseguir segurar essa cultura".
Até onde os gringos vão?
Tanto Belletti quanto Zetti, apesar dos elogios aos estrangeiros, disseram que o futebol brasileiro ainda vai proporcionar grandes desafios.
"O nosso futebol é complicado e exige certas artimanhas que o técnico europeu não está acostumado, como a logística, problemas de vestiário e gestão de pessoas, por exemplo", declarou Belletti.
O ex-goleiro deu o exemplo de Jorge Jesus. " Ele fez poucos jogos, chegou agora e o time estava quase montando. Ele complementou as peças e encontrou a filosofia dele. Pode acontecer de ter uma ou duas derrotas e acontecer uma pressão diferente. Precisa ver se ele administra essa pressão com a nossa cultura. Todos os treinadores passam por isso".
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