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Ceni usa intensidade para explicar Cruzeiro sem medalhões: "Dói o coração"

Ceni orienta o time do Cruzeiro durante partida; técnico quer jogadores escalar time com jogadores mais ágeis - Bruno Haddad/Cruzeiro
Ceni orienta o time do Cruzeiro durante partida; técnico quer jogadores escalar time com jogadores mais ágeis Imagem: Bruno Haddad/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

16/09/2019 04h00

Nesse sábado (14), na derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, Rogério Ceni surpreendeu mais uma vez na escalação do Cruzeiro. Mesmo com jogadores como Thiago Neves, Egídio e Robinho à disposição, o técnico resolveu escalar jovens formados na base do clube. A aposta não deu resultado, mas o treinador chamou a responsabilidade ao dizer que tomou a decisão para aumentar a intensidade da equipe.

"Me dói no coração porque são jogadores que possuem uma grande história. Mas não consigo ter todos os atletas no time e ter uma grande rotação na equipe. É uma escolha profissional. Única e exclusivamente", comentou o treinador.

Quando Rogério diz que quer um Cruzeiro com mais rotação, ele sustenta o discurso de que busca um time mais intenso, com jogadores capazes de tomar decisões mais rápidas dentro da partida, seja no posicionamento, na ocupação repentina dos espaços ou em outras ações. Isso também está ligado à condição física de cada jogador. Thiago Neves (34), Egídio (33) e Robinho (31) estão todos com mais de 30 anos e já não conseguem, juntos, dar à equipe o ritmo o treinador procura.

Por isso, ganharam espaço no time jovens como Cacá, Rafael Santos e Éderson, escalados na derrota para o Palmeiras, e Mauricio, que fez o gol da vitória do Cruzeiro sobre o Vasco. No Allianz Parque, a Raposa já conseguiu apresentar uma evolução em alguns aspectos, mas seguiu cometendo erros antigos. A saída de bola, por exemplo, continua devagar, o que impede muitas vezes que o time avance com a velocidade que Ceni deseja.

Além do fator técnico, Rogério Ceni ainda precisa lidar com a gestão de pessoas para conseguir resultados melhores, principalmente se os principais jogadores do elenco passarem a conviver com maior frequência com o banco de reservas. Apesar de afirmar ter visto um vestiário melhor no último fim de semana, o técnico ainda terá que aparar algumas arestas com os medalhões. Thiago Neves foi o centro da polêmica da semana passada que envolveu críticas públicas às decisões do treinador. Além dele, Edilson não vem jogando bem e ficou fora da relação para o duelo com o Palmeiras.

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