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Flu quer quebrar tabus contra Palmeiras para deixar Z-4; Oswaldo é talismã

Oswaldo era o técnico do Flu na última vitória sobre o Palmeiras no Palestra, em 2001 - Daniel Guimarães/Folhapress
Oswaldo era o técnico do Flu na última vitória sobre o Palmeiras no Palestra, em 2001 Imagem: Daniel Guimarães/Folhapress

Caio Blois

Do UOL, no Rio de Janeiro

10/09/2019 04h00

Ao entrar em campo contra o Palmeiras hoje (10) às 21h, o Fluminense sabe que depende só de si para deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. No entanto, além de vencer o Alviverde na casa do rival, o que significaria a primeira sequência de duas vitórias seguidas no torneio, o Tricolor precisará quebrar outro tabu: o Flu não bate o Verdão no Palestra desde 2001, quando o Allianz Parque ainda se chamava Parque Antártica.

Desde a reforma do estádio alviverde, no fim de 2014, o Fluminense já enfrentou o Palmeiras cinco vezes no Allianz. E o retrospecto não poderia ser pior: são cinco derrotas, com 12 gols sofridos e apenas três marcados.

Fred e Gabriel Jesus disputam bola no alto: Fluminense foi eliminado pelo Palmeiras na Copa do Brasil de 2015 - Cesar Greco/Fotoarena - Cesar Greco/Fotoarena
Imagem: Cesar Greco/Fotoarena

Para piorar, em uma delas, o Tricolor amargou uma dura eliminação nas semifinais da Copa do Brasil, em 2015, nos pênaltis. Naquele dia, o atacante Fred atuou com um edema na perna esquerda e deixou o dele, mas Scarpa e Gum erraram suas cobranças e os palmeirenses foram à final, onde bateriam o Santos para sair com o título. Até hoje a torcida do Flu reclama de um pênalti marcado em Zé Roberto, no jogo da ida.

A última vitória tricolor ocorreu em 7 de novembro de 2001, quando o Fluminense não tomou conhecimento do Palmeiras e aplicou impiedosa goleada de 6 a 2.

A partida, curiosamente, foi disputada numa quarta-feira à tarde, às 16h, por conta do racionamento de energia que ocorria no Brasil em função da "crise dos apagões", como ficou conhecida a época de pouco investimento no setor energético somada a larga estiagem no país. Em campo, entretanto, jogo elétrico: os donos da casa saíram na frente aos três minutos e sofreram o empate com gol olímpico de Roger, aos 17.

Roger marcou gol olímpico no Palmeiras em 2001 - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

Mas o que muitos tricolores não se recordam é que muitos dos personagens do Flu de 2019 estavam naquela partida. O técnico do Fluminense era o mesmo: Oswaldo de Oliveira. E a dupla de cães de guarda escalada para a partida foi formada por dois homens de confiança do treinador: Marcão e Sidney, ambos auxiliares na atual comissão técnica.

Foi do segundo volante um dos gols da virada, escorando cruzamento de Fernando Diniz, demitido do Tricolor no mês passado. Diniz acabou expulso desse jogo após briga com o zagueiro Galeano.

Fluminense venceu o Palmeiras por 6 a 2 em 2001 - Daniel Guimarães/Folhapress - Daniel Guimarães/Folhapress
Imagem: Daniel Guimarães/Folhapress

É nesses "talismãs" que o Flu confia para derrubar as escritas e voltar a vencer na casa do rival. E se o favoritismo está do lado do Palmeiras, o destaque da equipe atual, João Pedro, que nem era nascido na última vitória tricolor por lá, crê que a partida será equilibrada pela grandeza das duas equipes.

"É um grande time, sabemos da grandeza do Palmeiras, mas acho que o Fluminense é também uma grande equipe e é jogo de igual para igual. Os dois times vêm de momentos ruins, mas quando a bola rola dentro de campo vence quem estiver melhor", destacou.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS X FLUMINENSE

Local: Allianz Parque, São Paulo
Data: 10/09/2019 (terça-feira)
Horário: 21h (de Brasília)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS)
Auxiliares: Rafael da Silva Alves (CBF/RS) e Elio Nepomuceno de Andrade Junior (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)

PALMEIRAS: Fernando Prass (Jailson); Marcos Rocha, Luan, Vitor Hugo e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Gustavo Scarpa; Dudu, Willian e Luiz Adriano. Técnico: Mano Menezes

FLUMINENSE: Muriel; Gilberto, Nino, Digão e Caio Henrique; Airton (Allan), Ganso, Nenê; Wellington Nem, Yony González e João Pedro. Técnico: Oswaldo de Oliveira.

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