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Justiça arquiva inquérito de estupro envolvendo Neymar e Najila Trindade

Felipe Pereira

Do UOL, em São Paulo

08/08/2019 19h52

A Justiça decidiu arquivar o inquérito que investigava a acusação de estupro envolvendo Neymar e a modelo Najila Trindade. A juíza Ana Paula Gomes Galvão Vieira de Moraes, da Vara da Região Sul 2 de Violência Doméstica e Familiar, acatou o pedido do Ministério Público de São Paulo.

A decisão, no entanto, não significa que Neymar foi considerado inocente. Caso haja novas provas, o inquérito poderá ser reaberto a qualquer momento. "Importante deixar claro que o arquivamento não implica em absolvição do acusado. O arquivamento pode ser reaberto a qualquer momento, é uma previsão legal, desde que haja novas diligências ou surjam novas provas. Isso não implica em uma absolvição do averiguado", explicou a promotora Flávia Merlini, em entrevista coletiva hoje (8).

Questionada sobre as acusações de agressão feitas por Najila, a promotora Flávia Merlini afirmou que os laudos do Instituto Médico Legal (IML) não constataram nenhum sinal de violência. O único presente seria uma lesão no dedo, ocorrida no dia seguinte ao suposto estupro, quando a modelo brigou com Neymar no quarto do hotel.

"O MP entendeu que essa agressão narrada pela vítima fazia parte de um contexto. Das provas analisadas, não se apurou que seria um crime à parte. Os laudos do IML não constataram nenhuma lesão na vítima, a não ser no dedo, por causa da briga ocorrida no dia seguinte e que foi amplamente divulgada pela mídia."

As contradições apresentadas por Najila foram levadas em conta pelo Ministério Público para a tomada da decisão. "Não dá para se dizer qual a prova que faltou. Por todos os elementos colhidos, pelas contradições existentes no inquérito, optamos pelo arquivamento".

A posição segue a linha adotada pela delegada responsável pela investigação, Juliana Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher. No fim do mês passado, ela anunciou que não indiciaria o jogador por não ter encontrado provas que sustentassem um indiciamento contra ele.

Desde então, o Ministério Público passou a ter um prazo de 15 dias para dar seu parecer. A data limite seria no próximo dia 13 de agosto. O órgão esteve envolvido no caso durante as investigações, trabalhando em parceria com a delegada Juliana Bussacos, para garantir a agilidade do processo.