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Tite defende ida de Neymar pai ao vestiário, mas evita falar de Bolsonaro

Neymar pai foi ao vestiário para encontrar o filho após lesão no amistoso de quarta-feira - Reprodução/Instagram
Neymar pai foi ao vestiário para encontrar o filho após lesão no amistoso de quarta-feira Imagem: Reprodução/Instagram

Danilo Lavieri, Marcel Rizzo e Pedro Lopes

Do UOL, em Porto Alegre

08/06/2019 19h16

Tite saiu em defesa da presença do pai de Neymar no vestiário do último jogo entre Brasil e Qatar. Em entrevista coletiva concedida hoje em Porto Alegre, o treinador afirmou que parabenizou o empresário por estar acompanhando seu filho em um momento difícil.

No momento em que o atacante se machucou, o pai e um dos assessores do jogador deixaram as arquibancadas e foram ao encontro do atleta do PSG com o aval da CBF.

"Se eu fosse o pai do Neymar, eu estaria lá. Eu dei um abraço e falei: tu tem que estar ao lado do filho! Eu parabenizei. Qualquer pessoa que tem filho sabe dessa importância. Ainda mais ele, com a série de problemas que eu enfrentava. Se fosse meu filho, eu varo!", afirmou o comandante se exaltando um pouco no microfone.

"Eu parabenizei dentro do vestiário, porque essa é uma relação humana, de pai e de filho, de um cara que está sofrendo. Não estou nem falando de problemas externos, não estou julgando. Mas estou falando da relação. Se eu fosse o pai de qualquer um eu abriria a porta do vestiário e falaria: vai para dentro e dá apoio ao cara!", completou.

No mesmo dia, estava programada uma visita do presidente da República, Jair Bolsonaro. Na última quarta-feira, Edu Gaspar confirmou em entrevista coletiva que estava programada a ida dele ao vestiário do Mané Garrincha. O político, no entanto, preferiu ir ao hospital para visitar Neymar, que passava por exames no tornozelo direito.

Tite não quis comentar o assunto. No passado recente, ele já se manifestou mais de uma vez contra a mistura de futebol com política e até criticou a ida de Bolsonaro ao Allianz Parque para a entrega da taça de campeão brasileiro ao Palmeiras. Agora, ele não quis comentar e disse que não sabia de nada.

"Eu estou atento à equipe jogar bem. Atento às críticas todas, aos elogios... Também quero que jogue bem. Eu nem sabia disso. Essas situações... Olha, eu estava envolvido no jogo. Dou minha palavra de honra. Eu não sabia. É assunto diretivo, administrativo. Eu estava pensando em quem vai jogar, em quem não vai, se o Neymar machucou... Quando eu cheguei no hotel eu não sabia. O futebol tem um viés muito forte. Quero gastar a minha energia com isso".