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Caso Daniel

Juíza proíbe âncora testemunha do caso Daniel de dar entrevistas no fórum

Eleandro Passaia em fevereiro, na primeira fase de audiência do caso Daniel - Dimitri do Vale/UOL
Eleandro Passaia em fevereiro, na primeira fase de audiência do caso Daniel Imagem: Dimitri do Vale/UOL

Dimitri Valle e Karla Torralba

Do UOL, em São José dos Pinhais e em São Paulo

02/04/2019 12h27

O âncora da Rede Massa, afiliada do SBT no Paraná, Eleandro Passaia, foi proibido hoje (2) pela juíza Luciani Regina Martins de Paula de dar entrevistas sobre o caso Daniel enquanto estiver no fórum de São José dos Pinhais-PR na condição de testemunha. Ele foi abordado pela polícia militar para que parasse de falar com jornalistas da própria emissora.

A atitude foi necessária na visão da juíza, porque Passaia deixou o local reservado a testemunhas para dar entrevistas ao vivo aos repórteres da própria emissora. O apresentador foi arrolado como testemunha de defesa da família Brittes.

Durante a audiência de instrução, Cláudio Dalledone Júnior, advogado de defesa da família Brittes, alertou a juíza que Passaia não poderia "ficar dando entrevista, pois será ouvido na condição de testemunha". Luciani Regina Martins de Paula acatou o pedido e mandou que o apresentador fosse procurado e levado ao local reservado às testemunhas pelos policiais militares que fazem a segurança do fórum.

Eleandro Passaia foi arrolado como testemunha de defesa dos Brittes para esclarecer, segundo o advogado da família, sobre as reportagens exibidas pela Rede Massa sobre seus clientes.

O advogado e outras testemunhas de defesa acusam a emissora de propagar notícias falsas durante as investigações e andamento do processo. O irmão de Brittes, Michel Ferreira dos Santos, chegou a dizer em seu depoimento ontem (1º) que a Rede Massa mentiu sobre reportagem, na qual relatava atrito entre Edison e a mãe.

Nesta fase de audiência do caso Daniel serão ouvidas as testemunhas de defesa dos sete réus acusados de envolvimento no assassinato do jogador.

Relembre o caso

Daniel Correa foi morto no início da manhã de 27 de outubro do ano passado após participar da festa de aniversário de 18 anos de Allana Brittes em uma boate de Curitiba. Depois da comemoração, alguns convidados seguiram para a casa da garota, incluindo Daniel.

Na casa de Allana, o pai da menina, Edison Brittes Júnior, iniciou uma sessão de espancamento contra Daniel após ter visto o jogador em seu quarto, onde sua mulher Cristiana Brittes dormia. O atleta apanhou de vários homens até ser levado de carro por Edison, David Vollero, Eduardo Henrique da Silva e Ygor King até uma estrada.

No local Daniel foi degolado e emasculado. O corpo do jogador foi achado naquele final de semana.

Seis pessoas estão presas pela morte de Daniel: a família Brittes (Edison, Cristiana e Allana), David Vollero, Ygor King e Eduardo Henrique da Silva. Eles são acusados de diferentes crimes cometidos durante e depois do assassinato. A sétima ré, Evellyn Perusso, responde por falso testemunho em liberdade.

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