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Diretor da escola Mancha Verde: "Respeitamos o samba e queremos respeito"

Mancha Verde e Dragões da Real fazem ação em conjunto no desfile das campeãs do carnaval de São Paulo  - VAN CAMPOS/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Mancha Verde e Dragões da Real fazem ação em conjunto no desfile das campeãs do carnaval de São Paulo Imagem: VAN CAMPOS/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Karla Torralba

Do UOL, em São Paulo

09/03/2019 11h27Atualizada em 09/03/2019 14h40

Campeã e vice do carnaval de São Paulo promoveram uma ação em conjunto no desfile das campeãs na madrugada de hoje (09), no Sambódromo do Anhembi. Mancha Verde e Dragões da Real colocaram o casal de mestre-sala e porta-bandeira das duas escolas juntos em uma mensagem de união e respeito que busca reconhecimento para escolas de samba oriundas de torcidas organizadas. 

Eles desfilaram até o meio da avenida e posaram para fotos unidos em uma demonstração de paz entre as escolas de samba de times rivais de São Paulo: Palmeiras e São Paulo. Também houve uma troca de pavilhões entre as porta-bandeiras das escolas. 

"A ideia foi mostrar que somos de torcida e respeitamos o samba. Não esquecendo as origens. Estamos no samba e não na arquibancada. Mostra que a Mancha e Dragões são sambistas. Respeitamos o samba e esperamos que o samba respeite as entidades como escolas samba de verdade. Não era mensagem de paz, porque nunca teve briga de torcida em sambódromo isso se faz no estádio", destacou Reginaldo Pereira, diretor de alegoria da escola campeã do Carnaval de São Paulo de 2019 Mancha Verde. 

Mais sobre as escolas de torcidas no Carnaval de SP:

Ação mancha e dragões - Divulgação/Mancha Verde - Divulgação/Mancha Verde
Imagem: Divulgação/Mancha Verde
Após a apuração do Carnaval de São Paulo, que deu o título de campeã à Mancha Verde, os diretores das duas escolas se exaltaram e chegaram a citar o pioneirismo de uma outra rival, a Gaviões da Fiel, que representa o Corinthians. 

"A rivalidade natural que existe entre nós acontece só depois da linha amarela", afirmou Renato Remondini, o Tomate, presidente da Dragões, em referência à marca do sambódromo do Anhembi que sinaliza o começo do desfile na última quinta (07). "Antes disso todo mundo se ajuda e torce pelo sucesso. Ajudamos o pessoal da Gaviões e o pessoal nos ajudou. Sabemos o quanto é difícil fazer um Carnaval e a quantidade de sonhos que estão ali na avenida". 

Além das escolas que desfilam no grupo especial do carnaval de São Paulo, outras ligadas a torcidas organizadas também tem escolas como a Independente Tricolor (São Paulo), no Grupo de Acesso, a Torcida Jovem (Santos) e a Camisa 12 (Corinthians), no Grupo de Acesso 2.