Como Diego Souza e Nenê passaram de solução a negociáveis no São Paulo
Em pouco mais de um ano, Diego Souza e Nenê viveram altos e baixos no São Paulo. Agora, sem moral com a torcida e espaço no time, os dois podem ser negociados e ajudarem o clube a reduzir a sua folha salarial. O Botafogo está na disputa pela contratação do atacante, enquanto o Fluminense voltou a sonhar com o meia. No entanto, é preciso entender o motivo de o Tricolor paulista ver a dupla como negociável.
Diego Souza chegou ao São Paulo na última temporada com status de jogador de seleção brasileira e com a missão de substituir Lucas Pratto, então considerado uma das peças mais importantes do elenco. Na ocasião, o time do Morumbi desembolsou R$ 10 milhões para tirá-lo do Sport.
Depois de patinar no início do trabalho, ainda treinado por Dorival Júnior, o camisa 9 ficou muito perto de acertar a sua transferência para o Vasco. Foi então que o diretor executivo do São Paulo, Raí, e o então treinador, Diego Aguirre, entraram no circuito e conversaram com o jogador. Com o voto de confiança da comissão técnica e dos dirigentes, ele passou a ser uma das referências do time que liderou o Campeonato Brasileiro.
O bom desempenho rendeu elogios e o fez até pensar em terminar a carreira no São Paulo - Diego Souza tem vínculo com o clube até o fim de 2019, com possibilidade de renovar por mais 12 meses. Mesmo com a queda de rendimento do Tricolor no nacional, ele ainda fechou o ano como o artilheiro do time na temporada, com 16 gols.
No início de 2019, o São Paulo contratou Pablo, e Diego Souza passou a perder espaço. Aos 33 anos, o veterano esperava ter mais oportunidade para atuar. Por outro lado, a torcida passou a cobrar mais do camisa 9 e a culpá-lo pela crise pós eliminação da Copa Libertadores.
Ao perceber a situação, o Sport tentou recontratar Diego Souza, mas a transação não teve êxito. Na sequência, o Botafogo, ciente de que também precisa de um centroavante apareceu com uma oferta. Entre o jogador e o time carioca, a conversa foi positiva. Porém, o São Paulo ainda busca uma compensação e promete endurecer as conversas.
Nenê
A trajetória no São Paulo e a situação de Nenê são semelhantes as de Diego Souza. Também contratado no início de 2018, demorou para se adaptar ao sistema de trabalho de Dorival Júnior e engrenou boa sequência com Diego Aguirre.
Porém, foi apontado por muitos como um pivô para a queda de rendimento do time no nacional por causa de casos como a ausência em um treino antes de um clássico com o Palmeiras - quando, liberado pelo clube, foi para um casamento na Europa.
Outra situação que não pegou bem no Morumbi foi a reclamação quando substituído, como em partida com o Cruzeiro. Na época, chegou até a ser cobrado por Raí e pelo então coordenador de futebol, Ricardo Rocha. Para complicar ainda mais, perdeu um pênalti no empate por 0 a 0 com o Sport, na reta final do Brasileiro. As críticas da torcida aumentaram e ele deixou de ser titular.
O experiente meia, de 37 anos, tem contrato com o São Paulo até o fim deste ano. A sua saída também poderia ajudar o clube a reduzir a sua folha salarial. Por isso, o Fluminense voltou a se aproximar do meio campista.
O interesse do Tricolor carioca pelo jogador não vem de hoje. Ainda no início do ano, o clube demonstrou vontade de contratá-lo. Os cariocas mantêm a postura e aguardam silenciosamente pelos próximos capítulos. Sem poder de fogo, a estratégia do Flu é acompanhar como o mercado irá absorver essa possível saída do meia de seu atual clube.
Como não tem dinheiro para competir com outras equipes, os cariocas não vão mover um milímetro do orçamento e Nenê teria de se adequar à realidade salarial do clube caso queira voltar a atuar no Rio de Janeiro. Não há contato formal por uma transação, o que só vai ocorrer quando houver o entendimento de que há uma possibilidade clara para que uma negociação seja iniciada.
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