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FPF não cogita interdições de CTs, mas admite que "há correções" a fazer

Carlos Bezerra Junior (de terno preto), secretário de esportes da cidade de São Paulo, fala sobre a condição dos alojamentos para base dos times paulistas - Arthur Sandes/UOL
Carlos Bezerra Junior (de terno preto), secretário de esportes da cidade de São Paulo, fala sobre a condição dos alojamentos para base dos times paulistas Imagem: Arthur Sandes/UOL

Arthur Sandes e Demétrio Vecchioli

Do UOL, em São Paulo

13/02/2019 13h17

Após reunião com representantes de clubes de futebol e da prefeitura, o presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Reinaldo Carneiro Bastos, admitiu nesta quinta-feira (13) que alguns alojamentos de clubes de futebol no estado não são plenamente seguros.

"Temos equipamentos modernos, mas em alguns, sim, há adequações que precisam ser feitas. A prefeitura vai nos dizer o que precisa ser feito em 90 dias, e será feito. Temos grandes equipamentos, e em alguns haverá correções", disse o dirigente após a reunião na Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo.

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O encontro não determinou nada, mas estabeleceu prazos. São 90 dias para que os alojamentos e centros de treinamentos dos clubes de futebol profissional da cidade estejam 100% regularizados. A prefeitura informa que os fiscais "estão na rua" para averiguar se os alojamentos e dormitórios que recebam jogadores de categorias de base cumprem com a legislação.

"Neste prazo a prefeitura vai fiscalizar e orientar os clubes para começar a tomar providências", afirma Reinaldo Carneiro Bastos. "Coisas insolúveis a prefeitura vai interditar, mas não vejo essa possibilidade aqui na capital. Vamos acompanhar juntos", diz, prometendo participação ativa da FPF.

Não há garantias de que não haja interdições de centros de treinamento na capital. Os profissionais do São Paulo, por exemplo, tiveram que passar a noite no Centro de Formações de Atletas em Cotia-SP após a prefeitura determinar "suspensão imediata" de qualquer alojamento que não estivesse em conformidade com as normas de segurança. O movimento não quer dizer exatamente que o CT da Barra Funda é inseguro, mas sim que o clube optou por acatar o poder público de forma preventiva. "Foi uma decisão a partir da notificação da prefeitura. É aguardar a vistoria, que já está no São Paulo", diz Carneiro Bastos.

O Corinthians, por exemplo, já precisa tomar medidas preventivas. O UOL Esporte apurou que o local alugado pelo clube para hospedar atletas da base não tem todos os certificados de segurança que deveria. A chamada Casa dos Atletas, nas proximidades do Parque São Jorge, está registrada no Corpo de Bombeiros em uma categoria de ocupação inadequada, cujas exigências são menores. A licença é antiga, de quando o prédio ainda funcionava como uma clínica médica.