"Ele ficou no Ninho para uma festa surpresa ao amigo", diz tio de vítima
Amigos, familiares e vizinhos do goleiro Christian Esmério chegaram ao cemitério do Irajá, na zona norte do Rio, na manhã deste domingo (10) para o velório do garoto de 15 anos. Christian, que estava prestes de assinar seu primeiro contato como profissional com o Flamengo, foi um dos dez mortos no incêndio do alojamento do Ninho do Urubu na sexta-feira (8).
"O sonho dele era tirar os pais da favela", afirmou o tio Alan Silva, em entrevista coletiva na entrada da capela do cemitério onde o corpo do jogador era velado. A família mora na comunidade de Congonha.
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A maioria das vítimas do incêndio estava no contêiner que servia de alojamento porque morava longe do Rio, mas Christian era da cidade. Segundo Alan, ele só ficou no alojamento porque estava prevista uma festa surpresa para comemorar o aniversário do zagueiro Arthur Vinicius, que também morreu no incêndio.
"No outro dia era aniversário do rapaz de Volta Redonda. Como o rapaz era sozinho no Rio, eles iam fazer uma festinha surpresa pra ele, por isso que o Christian não veio embora", afirmou Alan. Segundo a família, o goleiro, que colecionava convocações para a seleção brasileira de base, estava feliz e empolgado profissionalmente. "Ele morreu fazendo o que amava fazer. Estava feliz, namorando", afirmou o tio.
A família e os amigos fizeram uma camiseta especial com a foto do goleiro e o apelido "Meu Branco", como era chamado. Medalhas e troféus do jogador foram exibidas por seus amigos. No caixão, uma bandeira do Flamengo e um quadro com a imagem do goleiro.
Dois goleiros da base do Botafogo, que viam Christian como uma referência no gol, também foram prestar solidariedade a sua família.
O jogador foi enterrado no começo da tarde sob o som do hino do Flamengo e do Brasil. Seus amigos do futebol cantaram que ele era da seleção. Muito abalada, sua mãe foi consolada por amigas e irmãs.
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