Em dérbi, Corinthians abre mês decisivo tendo que ajustar quase tudo
O dérbi deste sábado (2) não vale título nem classificação, é verdade, mas a visita ao arquirrival Palmeiras às 17 horas (de Brasília) tem peso enorme no começo de temporada do Corinthians. Primeiro grande desafio do ano, o clássico pelo Campeonato Paulista também marca o início de um mês de fevereiro decisivo para as ambições da equipe. Mas quase tudo ainda precisa de ajuste.
Por enquanto Fábio Carille só conseguiu estabelecer o modelo de jogo: dois volantes, três jogadores na armação e um centroavante. Os jogadores que executarão estas ideias, ele próprio admite, ainda estão sob análise. A indefinição mantém o Corinthians desentrosado, e os problemas ficam palpáveis a cada partida disputada. Com até cinco jogos decisivos neste mês, o time precisa melhorar mais rápido.
O técnico repete que "vai demorar um pouquinho" antes de a equipe se encontrar neste início de 2019. De certa forma, Carille tem razão: são nove reforços e alguns outros atletas saindo do departamento médico já durante a temporada, o que dificultou demais a montagem da equipe. Cada peça ficou à disposição em momentos diferentes, o que atrasou o padrão de jogo e fez ruir o projeto de evoluir o time a cada partida.
Pedra fundamental do último trabalho de Carille, a defesa do Corinthians só agora toma forma. O técnico optou por usar todos os cinco zagueiros para observar qual dupla teria melhor encaixe, e Manoel parece ser o escolhido para ser titular ao lado de Henrique. O reforço, no entanto, estreou há apenas três dias e tem muito treino tático pela frente antes de se entender de vez com os companheiros de zaga.
No meio-campo, Ralf e Jadson são dois pilares entre vários reforços. Richard, Ramiro, Sornoza e André Luis já foram titulares neste ano, mas nenhum deles encontrou a posição em que rende melhor. Mesmo Jadson, de quem se espera ser o porto seguro da equipe, encontra dificuldades porque ainda está conhecendo os novos companheiros de time. O desencaixe prejudica o centroavante: a criatividade baixa reduz a quantidade de bolas que Gustavo e Boselli recebem em boas condições.
Montar este quebra-cabeça no meio é a tarefa mais urgente de Carille. O Corinthians precisa voltar a ser criativo, característica que não teve nos quatro jogos que disputou em 2019. Até aqui foram problemas demais e soluções de menos; o tempo passou e chegou fevereiro. Agora o técnico prepara alguma surpresa para o clássico, podendo inclusive estrear Vagner Love como segundo atacante, atrás de Gustavo.
No dérbi no Allianz Parque, o Corinthians joga para se encontrar. Depois dele, só tem decisões. Encara o Ferroviário-CE pela Copa do Brasil, na quinta-feira (7); uma semana depois pega o Racing (ARG) pela Sul-Americana; depois visita o São Paulo no Morumbi; joga a segunda fase da Copa do Brasil (se nela chegar); e aí reencontra o Racing. Só pedreira, dois jogos por semana e sem janelas para treinamento.
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