Ponte Preta tenta evitar 'drible' do Atlético-MG em venda de Emerson

A Ponte Preta aguarda uma decisão sobre o futuro de Emerson nas próximas 48 horas e monitora a negociação para uma possível saída do Atlético-MG. O Real Betis, da Espanha, fez proposta de cerca de 10 milhões de euros (R$ 42,6 milhões) para tirá-lo da Cidade do Galo e mantém conversas com o agente André Cury na Europa. O Barcelona também pode participar do negócio de forma casada.
Detentores de 62,5% dos direitos econômicos do jovem de 20 anos, os mineiros estudam a oferta que têm sobre a mesa. Se negociarem o jovem de 20 anos até 28 de fevereiro de 2019, terão que repassar 12,5% do montante total à Ponte Preta. Desta forma, ficariam com a metade exata (50%) dos direitos do atleta. O restante - 37,5% - pertence à TFM Agency (antiga Traffic).
Ciente de que há possibilidade de acordo pela transferência de Emerson nesta janela, José Armando Abdalla, presidente da Ponte Preta, deu aos departamentos jurídico e financeiro a incumbência de acompanhar o caso. A ideia é evitar um "drible" em que a Macaca não receberia sua parte. Recentemente, em nota oficial, o diretor financeiro Gustavo Valio se manifestou:
"Há sinais claros que o Emerson embarca para a Espanha na semana que vem e o Atlético está sonegando estas informações para tirar vantagem. Isso vai contra a boa-fé e o Fair Play, seja ele o financeiro e entre os clubes, princípios jurídicos que norteiam os contratos. Caso se comprove denotará em infração contratual, o que acarretará todas as penalidades legais prevista ao caso. Não vamos aceitar esta possível tentativa de se aplicar o 'jeitinho', algo que nem a sociedade nem o futebol brasileiro aguentam mais", disse.
O presidente José Armando Abdalla Junior ainda não foi notificado sobre o interesse dos europeus na contratação do atleta que defende a seleção brasileira no Sul-Americano sub-20. Porém, reforça o temor de um de seus pares.
"É uma conversa muito longa isso aí. Existe contrato e tudo. A única coisa que posso dizer para você é que está em tratativa. O Atlético recebeu uma oferta pelo jogador. Quem está tratando disso é o jurídico e o financeiro da Ponte Preta. Eu sei de toda a história, mas não sei em que pé ela se encontra totalmente", afirmou ao UOL Esporte.
"Nós estamos aguardando isso daí, porque até o dia 28 de fevereiro, a Ponte Preta tem um percentual por força contratual de 12,5%. A partir dessa data, a Ponte Preta perde esse direito. A gente está aguardando o desenrolar disso, que as partes cumpram o que acordaram anteriormente", comentou.
Procurado para falar sobre o assunto, o vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido Cunha, explica que ainda não conversa com a Ponte Preta. "Não fomos procurados para falar sobre o assunto", declarou à reportagem na tarde da última terça-feira (29).
O Atlético ainda não se manifesta de forma oficial sobre a proposta feita pelo Real Betis, mas há a possibilidade de negociar o lateral direito Emerson nos próximos dias.
Contratado em abril de 2018, Emerson tem contrato na Cidade do Galo até dezembro de 2022. A princípio, os mineiros desembolsaram, por meio de parceiros, R$ 4 milhões para tirá-lo do Moisés Lucarelli. Posteriormente, foram pagos R$ 2 milhões à Ponte Preta. O clube ainda cedeu jogadores por empréstimo pagando a integralidade de seus salários - Nathan e Danilo Barcelos. O custo total da transação, incluindo a cessão de atletas, ficou em R$ 8,5 milhões.
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