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Grêmio tenta "planejar" saída de Everton, mas ainda não tem ofertas

Meia-atacante encerrou ano de 2018 como artilheiro e destaque do Grêmio - Lucas Uebel/Grêmio
Meia-atacante encerrou ano de 2018 como artilheiro e destaque do Grêmio Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

16/01/2019 04h00

Everton fechou 2018 como artilheiro do Grêmio e abre a nova temporada como principal jogador do time. O status chama atenção do mercado e a transferência rumo à Europa é tratada como inevitável. Na Arena, os dirigentes sonham com uma saída vista como "planejada". Ou seja, sem desfecho abrupto e prejuízo ao time de Renato Gaúcho no decorrer das competições.

Aos 22 anos, Everton tem contrato com o Grêmio até 2022. De acordo com a diretoria do clube gaúcho, a multa rescisória do meia-atacante é de 80 milhões de euros (R$ 339,4 milhões na cotação atual).

A ideia do Grêmio é programar detalhadamente a saída do meia-atacante. No cenário ideal, o clube quer saber antecipadamente sobre a transferência para planejar substituição no time. E aos poucos ir se adaptando às mudanças no jogo.

O Grêmio ainda não recebeu nenhuma proposta oficial, mas ouviu do interesse de clubes europeus. Durante as férias, Renato Gaúcho chegou a falar publicamente sobre o assédio.

"O Everton chegou a mim por uma pessoa, que ia chegar essa proposta (Renato falou, em entrevista ao jornal O Globo, em oferta de 50 milhões de euros). Não sei nem como não chegou, é jogador de seleção brasileira. Foi até bom, mas se ele voltar a jogar o que jogou vai receber e até de mais. Chega uma hora que fica difícil segurar um jogador com proposta alta. Foi assim com o próprio Arthur. Se não chegou, uma hora vai chegar a proposta pelo Everton. Mas aí é problema da diretoria", disse o treinador do Grêmio.

O plano de executar uma saída já planejada surgiu com Arthur, mas acabou não dando certo. O Barcelona pagou compensação do Grêmio e levou o volante seis meses antes do previsto.

Everton fechou o ano passado com 19 gols marcados e convocação para a seleção brasileira. No Grêmio desde 2013, o meia-atacante passou de joia da base a reserva talismã e agora ao posto de nome decisivo do ataque.