Maior organizada do Corinthians rebate Conmebol e faz cobranças à entidade
O embate entre Corinthians e Conmebol ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (15). Dessa vez, a Gaviões da Fiel, maior organizada do clube, manifestou-se sobre os vetos da entidade máxima do futebol sul-americano.
A Gaviões, no começo da nota, mostrou apoio ao Corinthians e tratou as imposições da Conmebol como "mais um capítulo da elitização burra e preconceituosa do futebol".
"Se o intuito é melhorar, não há caminho possível para isso sem o diálogo amplo e irrestrito. E não será forçando polêmicas que a Conmebol irá desviar-se de suas responsabilidades enquanto organizadora do futebol sul-americano", escreveu.
As decisões da Conmebol culminaram numa troca de farpas. Na última sexta-feira (11), o Corinthians divulgou uma nota assinada pelo presidente Andrés Sanches. Nela, afirmou que a entidade é burocrata.
A resposta da entidade veio a público três dias depois. No texto, ela mencionou a morte do torcedor boliviano Kevin Espada na partida entre San José e Corinthians, na estreia da Libertadores 2013.
A Gaviões rebateu também esse ponto do texto da Conmebol e afirmou que a morte de Kevin não pode servir como "cortina de fumaça".
"Assim como não fugimos das responsabilidades que nos cabem, nem mesmo à época do acidente, gostaríamos de saber que medidas a Conmebol tomou na ocasião para punir os responsáveis pela segurança do estádio, além da responsabilidade dela própria como organizadora da competição", frisou.
Confira a nota da Gaviões na íntegra
Os Gaviões da Fiel vêm a público demonstrar apoio ao posicionamento da diretoria do Sport Club Corinthians Paulista acerca das imposições da Conmebol - entendidas por nós como mais um capítulo da elitização burra e preconceituosa do futebol.
Novamente ignora-se estudos, especialistas e nós, torcedores, para tomarem medidas demagogas que em lugar nenhum do mundo provaram-se eficazes, como a proibição de bandeiras e bandeirões, além dos setores populares sem cadeiras, debruçados sobre o fraco pretexto de combate à violência.
Se o intuito é melhorar, não há caminho possível para isso sem o diálogo amplo e irrestrito.
E não será forçando polêmicas que a Conmebol irá desviar-se de suas responsabilidades enquanto organizadora do futebol sul-americano.
A triste fatalidade de Oruro, que culminou na morte do garoto Kevin, não pode servir como cortina de fumaça. Assim como não fugimos das responsabilidades que nos cabem, nem mesmo à época do acidente, gostaríamos de saber que medidas a Conmebol tomou na ocasião para punir os responsáveis pela segurança do estádio, além da responsabilidade dela própria como organizadora da competição.
Onde estava esta mesma entidade durante os seis meses em que 12 pessoas ficaram presas injustamente, tendo sido soltas posteriormente por total incapacidade de apresentarem ao menos uma prova contra eles.
E se o pretexto para as recentes imposições é de fato impedir que volte acontecer tal fatalidade, não entendemos a proposta de que extinguir os setores populares sem cadeiras poderia ajudar.
Antes de preocuparem-se em acabar com as festas nos estádios, deveriam ocupar-se fiscalizando e atuando para estruturar estes mesmos estádios, que por vezes apresentam um alto preço, mas com condições completamente inaceitáveis.
Os Gaviões da Fiel reiteram sua luta pela defesa do futebol popular, deixando claro que não nos deixamos enganar por falácias que tentam esconder um processo já histórico de higienização social do esporte.
Que a Conmebol assuma seu despreparo, sendo ela a instituição que não consegue organizar uma final de seu maior torneio em seu próprio continente, e busque o diálogo para que juntos tenhamos mais segurança e estrutura, porém sempre respeitando e garantindo a festa e a alegria do povo.
Estamos à disposição!
GAVIÕES DA FIEL TORCIDA
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