Apreciado por Sampaoli, Montoya chega ao Grêmio após rusga com técnico

Walter Montoya é um homem de personalidade. O reforço do Grêmio, anunciado neste domingo (06), não esconde insatisfações ou maquia desgostos. Por isso, já se indispôs recentemente com um treinador e não conseguiu se firmar desde que deixou o Rosario Central.
Adolescente, ele foi lateral direito no Unión de Machagai. Se transformou em meio-campista ainda nas categorias de base do Rosario Central. "El Chaque", apelido em relação ao local de nascimento, Machagai, na província de Chaco, brilhou logo em seguida.
Foram cinco jogos e um gol na primeira temporada, 30 jogos e mais um gol na segunda, 24 jogos e dois gols na terceira. E a quarta, que começava com oito jogos e mais um gol, foi abreviada após um pedido de Jorge Sampaoli. O técnico argentino, que hoje defende o Santos, admirador das qualidades dele, solicitou sua contratação no Sevilla.
Montoya, então, negociava transferência para Boca Juniors. E na chegada à Espanha, recebido pelo novo treinador, ouviu uma brincadeira: "Fiquei sabendo que você iria para o Boca. Senão, nem viria", brincou dando a entender que só se intrometeu na negociação por ser aficionado do River.
Mas por lá as coisas não caminharam tão bem. Foram só sete partidas pelo clube espanhol e a saída do treinador o tirou de vez dos planos. Montoya, então, desabafou.
"A verdade é que fui contratado por um treinador e logo ele deixou o clube. E com ele se foram as minhas chances", disse revelando descontentamento com o sucessor de Sampaoli, o também argentino Eduardo Berrizo.
A chegada ao Cruz Azul-MEX se deu após negociação com Internacional, tradicional rival do Grêmio. E por lá, um novo problema. Agora com o técnico português Pedro Caixinha e o diretor de futebol Ricardo Peláez, que chegaram em 2018.
Depois de fazer 17 jogos e marcar um gol em 2017, a chegada do técnico português reduziu as chances para perto de zero. Foram apenas nove jogos, cinco como titular em um total de 389 minutos. Apenas uma vez ele começou e terminou a partida. Sua última aparição foi em 20 de outubro, quando entrou faltando um minuto para acabar o jogo diante do Querétaro. E a falta de sequência o incomodou a ponto de, quando já tinha decidido por sair, dar uma declaração pesada.
"Eu senti que me trataram como lixo. Nos treinos me faziam sentir o melhor, nos jogos simplesmente não me colocavam. O clube e a torcida se comportaram muito bem, mas Caixinha e o diretor, muito mal", disse à Rádio La Red, que questionava um possível retorno ao Rosario Central.
E o treinador respondeu. "Quero desejar o melhor para seu futuro. Na minha vida, conheci muitos jogadores de treinos e jogadores de jogos. Espero que ele vá muito bem", afirmou o europeu em entrevista coletiva. "Aqui ele foi muito parecido com o que apresentou no Sevilla. Mas uma vez que volte para sua casa, espero que vá muito bem. São, de coração, meus desejos para ele", completou.
Mas Montoya optou por não retornar "para casa". Aceitou transferência para o Grêmio e espera reaver o melhor futebol na temporada cedido por empréstimo.
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