Cruzeiro trabalha para criar receitas alternativas até o fim do ano
Apesar de ter um time hexacampeão da Copa do Brasil e recheado de ótimos jogadores, o Cruzeiro segue com a situação financeira delicada. Com uma dívida de mais de R$ 400 milhões, a diretoria trabalha para trazer novos recursos ao clube neste fim de ano. Renovação de patrocínios e novos acordos comerciais estão em pauta na mesa dos dirigentes.
A principal receita em seu uniforme está ameaçada. Assim como o rival Atlético-MG, a Raposa ainda não sabe se terá a Caixa Econômica Federal como patrocinador master em 2019. O clube busca outros possíveis acordos pelo menos para manter o valor recebido na temporada, que foi de cerca de R$ 13 milhões.
Recentemente, o Cruzeiro chegou a negociar com uma empresa chinesa chamada Ledman, especializada na fabricação de LEDs. Contudo, as primeiras conversas foram feitas por Marco Antônio Lage, que já deixou o cargo de vice-presidente executivo, e as tratativas não avançaram. Hoje, a cúpula está aberta para fazer outras parcerias no espaço principal e em outros lugares do uniforme.
Além do patrocínio master, a Raposa também se atenta para os contratos de outras parcerias chegando ao fim. Em seu uniforme, o clube ainda carrega as marcas da Cemil (altura do ombro), Unincor (costas), Orthopride (número da camisa), Supermercados BH (mangas), Uber (calção) e ABC da Construção (calção). Além de renovar os vínculos, a cúpula não descarta fazer mais acordos, já que a ideia é aumentar o faturamento.
"Nós estamos desenvolvendo um esforço muito grande, principalmente na nossa área de marketing e comercial, para poder fazer receitas alternativas além do futebol. Esperamos, até o final desse ano, anunciar boas notícias aos cruzeirenses. Não vou adiantar, porque nessas negociações, inclusive, a gente assina cláusulas de confidencialidade. Mas, com certeza, os cruzeirenses vão ter surpresa", disse o presidente do clube, Wagner Pires de Sá.
Mercado segue sem novidades
Enquanto uma parte da diretoria trabalha para criar essas novas receitas, o vice-presidente de futebol, Itair Machado, segue trabalhando em silêncio para reforçar o time. Antes, de três a quatro nomes eram pretendidos. Contudo, a complexidade das negociações, assim como a dificuldade financeira do clube, pode fazer com que a diretoria contrate um número menor. Laterais (direito e esquerdo), um meia e um atacante de velocidade seguem na mira, mas ainda sem nada concreto. Sobre uma eventual perda de Thiago Neves, que teve possíveis bases salariais acertadas com o Grêmio, a Raposa ainda aguarda uma proposta oficial do Tricolor para discutir o assunto.
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