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Com opções "pesadas" e reserva em evolução, Inter tem "problema bom" no gol

Marcelo Lomba faz defesa sob olhar de Danilo, Keiller e Daniel em treino do Inter - Ricardo Duarte/Inter
Marcelo Lomba faz defesa sob olhar de Danilo, Keiller e Daniel em treino do Inter Imagem: Ricardo Duarte/Inter

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

06/12/2018 04h00

O excesso de opções não pode ser considerado um problema. Se for, é um "problema bom". Este é o cenário que o Internacional irá encarar em uma posição para 2019. Com Marcelo Lomba e Danilo Fernandes no elenco e o crescimento de Daniel, o Colorado pode se desfazer de alguma das alternativas para o gol. 

Em recuperação de lesão no ombro direito, Danilo voltou a treinar no fim de 2018 e terá completo processo no início dos trabalhos de 2019. Buscará reaver ritmo de jogo e entrará de vez na briga pelo posto de titular, que era seu até sofrer com o quadro clínico.

Só que enquanto esteve fora, Danilo viu Marcelo Lomba se firmar. O antigo suplente assumiu posto relevante no time e no grupo do Colorado. Tanto fez que acabou eleito melhor goleiro do Campeonato Brasileiro em premiação da da CBF. Realizou uma série de defesas complicadas, ajudando o time de Odair Hellmann na campanha que terminou com o terceiro lugar na competição

Se já não seria fácil manter dois goleiros deste nível, já que um acabaria ficando fora da maioria dos jogos, o Internacional ainda tem outro em franco crescimento pedindo passagem para ser, ao menos, primeiro reserva. Trata-se de Daniel, de 24 anos. 

O bom desempenho nos treinos já dá a ele a condição de imaginar algo melhor para a temporada seguinte. Em 2018, foram apenas 45 minutos em campo no time de cima, contra o Santos, quando Danilo se lesionou e precisou ser substituído. 

O quadro que se avizinha pode facilitar a saída de um dos goleiros também por questões financeiras. Danilo e Lomba são jogadores em patamar elevado de custo mensal e valorização evidente pelo bom futebol apresentado. Além de serem considerados "caros para ficarem no banco", podem ser valiosas moedas de troca no mercado da bola. 

Para driblar a crise financeira, o Inter aposta neste tipo de negociação para reforçar o grupo. Trocando jogadores que não sejam aproveitados, o comando do clube percebe uma possibilidade de crescimento técnico sem gasto elevado.