Caso Daniel: Justiça decreta prisão preventiva de seis suspeitos
A Justiça do Paraná decretou a prisão preventiva dos seis suspeitos de envolvimento no caso de homicídio do jogador Daniel Corrêa, morto em São José dos Pinhais (PR), em outubro.
A família Brittes e outros três convidados da festa em que o jogador estava antes de ser morto, que permaneciam em prisão temporária (com data para acabar), agora ficarão presos por tempo indeterminado. A decisão da juíza Luciani Regina Martins de Paula é datada da última quarta-feira (28).
"Com base em todas as provas mencionadas é possível concluir que os indiciados, ao menos em tese, não mediriam esforços para alterar provas e induzir testemunhas com o fim de mudar a verdade real dos fatos. Logo, a custódia provisória poderá permitir, neste momento, a investigação completa e a oitiva despreocupada das testemunhas", escreveu a magistrada.
Edison Brittes, conhecido como Juninho Riqueza, a esposa dele Cristiana, e os convidados Eduardo da Silva, Ygor King e David Willian Vollero foram denunciados por homicídio qualificado pelo Ministério Público e se tornaram réus na última quarta. Já Allana Brites, a filha do casal, que comemorava 18 anos no dia, foi denunciada por fraude processual e coação a testemunha.
Eduardo Purkote, amigo de Allana que havia sido preso, acabou solto depois que a polícia e o Ministério Público se convenceram de que ele não participou do espancamento de Daniel.
Evellyn Peruso, amiga de Allana que ficou com Daniel naquela noite, também foi denunciada (por falso testemunho, denunciação caluniosa e fraude processual), mas acabou não sendo presa.
Denunciados pela morte de Daniel
Edison Brittes Júnior - homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual
Eduardo Henrique Ribeiro da Silva - homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual
David Vollero - homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, denunciação caluniosa e fraude processual
Ygor King - homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual
Cristiana Brittes - homicídio qualificado, fraude processual e coação de testemunha
Allana Brittes - coação de testemunha e fraude processual
Evellyn Brisola Perusso - denunciação caluniosa e fraude processual
Todos os envolvidos também responderão por corrupção de adolescente. A prima de Cristiana, que estava na casa, tem 17 anos e foi obrigada a limpar o local após o crime.
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