Números e futebol ajudam, mas política 'ignora' Dorival Júnior no Flamengo
Contratado para salvar um ano quase perdido no futebol, o técnico Dorival Júnior precisa muito mais do que bons resultados e futebol convincente para permanecer no Flamengo. Em dez jogos no comando da equipe, o treinador tem números que jogam a seu favor, mas a eleição presidencial no clube desconsidera esse fator. Até aqui, o comandante rubro-negro soma seis vitórias, uma derrota e três empates. Além da estatística, o time tem sido mais competitivo do que vinha sendo com Maurício Barbieri.
Fato é que Dorival tem assegurados mais dois jogos no Rubro-negro, e o tom é de certo conformismo com a situação. Ciente de que situação e oposição sonham com Renato Gaúcho e têm Abel Braga como alternativa, ele evita o conflito.
"Prefiro não falar sobre o meu contrato agora. Não seria frustrante. Assinei consciente de que o clube passaria por eleição. Meu trabalho está aí, e vou entender qualquer posição", ponderou ele.
Neste período à frente do Flamengo, Dorival recuperou jogadores como Willian Arão, além de ter tido autonomia para fazer as mexidas que julgou necessárias. Deixou Diego como opção no banco, afastou Diego Alves por indisciplina e ganhou o respeito do vestiário.
"Tenho um respeito muito o grande pelo trabalho que o Barbieri deixou. Uma equipe bem montada e um trabalho bem desenvolvido. O Flamengo tem uma base de equipe tem uns dois ou três anos, e isso ajuda", disse ele.
Após a vitória por 2 a 0 sobre o Grêmio, o Flamengo segue respirando no Campeonato Brasileiro, mas tem de tirar cinco pontos de desvantagem para o líder Palmeiras em apenas duas rodadas. No domingo, a equipe encara o Cruzeiro, 17h, no Mineirão.
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