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Flu muda o rumo, aposta em versão 'cascuda' e vê resultado em 2018

Luciano tem a camisa puxada pelo goleiro do Nacional: experiência e frieza na hora da decisão - AP Photo/Matilde Campodonico
Luciano tem a camisa puxada pelo goleiro do Nacional: experiência e frieza na hora da decisão Imagem: AP Photo/Matilde Campodonico

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/11/2018 04h00

O excesso de juventude foi um mantra repetido quase que à exaustão para justificar o desempenho instável do Fluminense em 2017. Para não repetir o mesmo filme, o clube adicionou mais experiência ao elenco. E a estratégia tem dado resultado.

A falta de vivência era uma das principais queixas de Abel Braga em sua passagem no clube.E essa média de idade foi aumentada para 2018, o que tornou o Tricolor um time mais competitivo e pronto para situações mais complicadas.

Se no ano passado a equipe chegou a entrar em campo com times quase que integralmente formados por jovens da casa, Marcelo Oliveira tem à disposição nomes tarimbados, o que fez toda a diferença na vitória por 1 a 0 sobre o Nacional, por exemplo, além da campanha sem sustos no Campeonato Brasileiro.

"As vitórias e uma classificação como essa precisam ser comemoradas. Precisamos aproveitar isso. Os jogadores foram guerreiros, pacientes, persistentes. Controlamos o jogo. Foi uma vitória maravilhosa", festejou o técnico Marcelo Oliveira.

Em Montevidéu, peças como Airton, Jadson e Luciano, todos contratados para esta versão "cascuda" do Tricolor, foram partes fundamentais de uma engrenagem que teve frieza e maturidade para conter o ímpeto dos uruguaios e sua barulhenta torcida.

Somado a esse acréscimo, Gum e Júlio César completam uma espinha dorsal que conta ainda com o vigor de Everaldo, o grande achado do departamento de futebol do clube em tempos de vacas magras nas finanças.

"A equipe provou para muitos que o Fluminense é superação, coragem", disse o capitão, visivelmente emocionado após o duelo.

Os oriundos de Xerém seguem com espaço, mas agora Ayrton Lucas, Ibañez e outros contam com o respaldo de um time com muito mais quilometragem e preparo para enfrentar de frente os desafios.

A classificação na casa do inimigo foi motivo de muita festa na delegação tricolor, que convive com sucessivos atrasos salariais em um clube cuja política ferve. 

Após a partida em Montevidéu, o Flu volta as suas atenções para o Campeonato Brasileiro. No sábado, o Tricolor encara o Vasco, às 17h, no Maracanã.