Inter muda perfil de empréstimo e libera atletas por percentual no exterior

Os empréstimos serviam para duas coisas na avaliação do grupo de jogadores do Internacional em anos anteriores: dar experiência aos jovens e retirar do grupo atletas que não teriam espaço. Mas a alternativa, que gerou receita já neste ano, criou um novo perfil de objetivo. Agora, os negócios com o exterior em troca de percentual e empréstimos pela vitrine chamam atenção no clube.
É uma alternativa que pode contemplar lucro imediato ou futuro. Negociar jogadores, tanto jovens quanto mais experientes, por empréstimo para clubes do exterior, mesmo que em troca de valor algum imediatamente, dão holofote diferente ao atleta, aumentando a possibilidade de compra e o preço.
Mesmo jogadores já com alguma rodagem, como Roberson, Alemão, Valdívia ou Danilo Silva, foram cedidos para que, atuando regularmente, pudessem ser vendidos. E já em outro país, custem mais.
O mesmo vale para atletas iniciantes que poucas chances tiveram no time de cima. São os casos de Ronald, Junio, André e até Diego. Atletas que no Brasil valeriam menos do que em uma eventual transação de mercado internacional.
Internamente, o Inter reavaliou a possibilidade de valorização dos atletas emprestados. Foi detectado que era preciso contribuir melhor para que os ativos do clube ganhassem valor e pudessem render após períodos longe do Sul.
Troca por percentual
Outra modalidade de sucesso para gerar lucro com atletas que não teriam projeção em Porto Alegre é a liberação em troca de percentual futuro. Com Maurides, que saiu neste molde no ano passado, o Inter lucrou R$ 500 mil neste ano ao vê-lo trocar o Belenenses, em Portugal, pelo CSKA Sofia, na Bulgária.
Por isso, manteve a prática nas saídas de Geferson, também para o CSKA Sofia, e Artur, liberado ao Vorskla, da Ucrânia. No mercado internacional, os jogadores ganham valorização, e os percentuais mantidos geram renda que dificilmente ocorreria no mercado interno.
Atualmente, são nove jogadores emprestados a clubes do exterior. Além disso, dois percentuais de venda mantidos para lucro futuro com atletas que rescindiram contrato. Ou seja, não considerando jogadores que foram vendidos, como Rogério, da Juventus emprestado ao Sassuolo, ou Aránguiz, do Bayer Leverkusen. Em ambos os casos o Inter detém direitos econômicos, mas foram atletas que geraram renda já na negociação original.
Considerando também os jogadores cedidos a clubes do mercado interno, são 30 atletas emprestados, que se reflete em economia de R$ 1,3 milhão por mês, segundo apurou o UOL Esporte. 67% dos vencimentos deles são pagos pelos clubes que os recebem.
Confira os negócios do Inter no perfil 'empréstimo ao exterior' e 'liberados por percentual'.
Empréstimos
Alemão - (Pohang Steelers, Coréia do Sul)
Eduardo Henrique - (Belenenses, Portugal)
Valdívia - (Al-Ittihad, Arábia Saudita)
Diego - (Ventforet Kofu, Japão)
Roberson - (Jeju United, Coreia do Sul)
André - (Portimonense, Portugal)
Ronald - (Boavista, Portugal)
Junio - (Rio Ave, Portugal)
Danilo Silva - (Los Angeles-FC, Estados Unidos)
Liberados pelo percentual
Geferson - CSKA Sofia, Bulgária
Artur - Vorskla, Ucrânia
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