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"Sánchez para presidente": Como uruguaio virou peça essencial no Santos

Carlos Sánchez comemora gol contra o Vitória, o segundo pelo Santos - Divulgação/Santos FC
Carlos Sánchez comemora gol contra o Vitória, o segundo pelo Santos Imagem: Divulgação/Santos FC

Do UOL, em Santos (SP)

07/10/2018 04h00

Presidente Sánchez. Contratado no fim de julho pelo Santos, o meio-campista uruguaio precisou de pouco tempo para cair nas graças da torcida e ganhar o apelido do próprio clube – que até sugeriu o jogador para governar o Brasil em brincadeira feita no Twitter após o triunfo sobre o Vitória, na última sexta-feira (5), no Barradão, por 1 a 0, justamente com gol do camisa 7.

Foi, aliás, o segundo tento de Sánchez com a camisa santista. O primeiro havia sido marcado na rodada anterior, de pênalti, em outra vitória por 1 a 0, sobre o Atlético-PR, na Vila Belmiro. Porém, a euforia em cima do uruguaio não está atrelada aos gols marcados nos últimos jogos, e sim ao desempenho e à regularidade do jogador desde que chegou à Vila Belmiro.

Carlos Sánchez iniciou a passagem pelo Santos com o risco até de ficar marcado pelo episódio que tirou o time da Copa Libertadores, após ele ter sido escalado de forma irregular em jogo contra o Independiente. Mas o uruguaio não se abalou. Seguiu como titular de Cuca e, dentro de campo, já conseguiu justificar o porquê de sua contratação pela diretoria santista.

Foram raros os jogos em que Sánchez não saiu de campo como um dos destaques do time. Até aqui, o meio-campista que disputou a última Copa do Mundo pelo Uruguai atuou em 12 partidas com a camisa do Santos, e em quase todas foi o jogador mais criativo e lúcido da equipe. Agora, são dois gols e três assistências em dez jogos pelo Campeonato Brasileiro.

Mas o desempenho de Sánchez vai além. Sem parar de correr um segundo, o uruguaio parece ter incorporado o espírito da seleção celeste e é daqueles jogadores que parecem estar em todos os lugares do campo. Foi o que aconteceu diante do Vitória. Por muitas vezes ele deixou o lado direito de campo, onde se sente mais confortável, para buscar jogo em outros setores.

Desta forma, pode se dizer que Carlos Sánchez virou uma das peças fundamentais do time de Cuca – junto de Gabigol, artilheiro do Brasileiro. Se por um lado o Santos encontra dificuldades no ataque sem Gabriel, o mesmo é possível em relação ao meio-campo quando o uruguaio não está presente. E não só na criação de jogadas, mas também na composição do setor.

Levando como exemplo o jogo contra o Vasco, no Pacaembu, foi clara a queda de produção do Santos e o domínio do time carioca a partir da saída de Carlos Sánchez na metade do segundo tempo. Ele saiu aos 27min ovacionado pela torcida depois de mais uma boa apresentação e, logo depois, aos 33min, depois de muito pressionar, a equipe vascaína chegou ao empate.

Na sexta-feira (5), a torcida santista pôde comemorar o reforço do ‘presidente’, que foi liberado pela seleção uruguaia dos amistosos marcados na Data-Fifa e assim poderá ajudar o Santos no clássico do dia 13, contra o Corinthians, no Pacaembu. O mesmo aconteceu com Derlis, que fará apenas dois treinos com a seleção paraguaia e voltará ao Brasil para defender o time alvinegro.

O Santos ainda conta com a presença do jovem Rodrygo, convocado para os amistosos da seleção sub-20 contra o Chile. O técnico Cuca, inclusive, fez um apelo à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pedindo que a liberação do jogador para o clássico.