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Rodrygo faz menos gols com Cuca, mas técnico vê atacante 'mais coletivo'

Rodrygo tem apenas um gol sob o comando do técnico Cuca - Marco Galvão/FotoArena/Estadão Conteúdo
Rodrygo tem apenas um gol sob o comando do técnico Cuca Imagem: Marco Galvão/FotoArena/Estadão Conteúdo

Do UOL, em Santos (SP)

03/10/2018 04h00

Desde que Cuca assumiu o comando do Santos, no fim de julho, Rodrygo foi a campo 15 vezes. Marcou apenas um gol. Com Jair Ventura, o atacante de 17 anos viveu uma fase mais goleadora, com nove tentos em 39 jogos. Os números, porém, não preocupam o atual técnico, que vê o jogador como um dos mais criativos do time e cada vez mais preocupado com o coletivo.

Dados do Footstats, inclusive, comprovam as palavras ditas por Cuca após a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-PR, no último domingo (30). Rodrygo mais uma vez passou em branco, mas não deixou de ser um dos melhores em campo do Santos.

"Ele jogou bem. A gente tem que analisar o jogo como um todo, não só quem fez o gol. As criações de jogadas, de chances de gol, quase todas saíram dos pés dele, do Victor [Ferraz], dos lados de campo. Ele buscava o jogo, não se esconde... Às vezes ele prende um pouquinho até demais, conversamos com ele, mas é um jogador importantíssimo para nós. Não tem problema que não fez o gol. O importante é que o Santos fez o gol e são três pontos nossos", disse Cuca.

Tomando como base o desempenho do atacante no Campeonato Brasileiro, Rodrygo tem com Cuca um caráter não só mais coletivo, mas, principalmente, mais consciente. Em 12 jogos com o treinador, ele soma 15 desarmes certos, contra apenas sete durante a era Jair em que jogou mais partidas (13).

Com o ex-técnico santista, Rodrygo podia até finalizar mais. Em 13 jogos, foram 22 tentativas ao gol, mas 12 delas sem atingir o alvo. Com Cuca, em 12 partidas, ele finalizou 14 vezes, mas obteve menos erros – apenas seis. Outras oito tiveram o gol como direção.

A consciência de Rodrygo aparece, especialmente, nos passes. São 48 errados com Jair Ventura, contra apenas 21 com Cuca, ainda levando em conta os 13 jogos do ex-técnico e os 12 do atual.

"Nunca vamos cobrar dele o gol. A gente quer que ele amadureça dentro da profissão dele, como ele está fazendo, com o rendimento coletivo, como ele tem fazendo também. Aí o lado técnico dele aflora", acrescentou o treinador.

Vale ressaltar também que a seca de gols não teve início só após a chegada de Cuca. Excluindo da lista o único gol marcado com o atual treinador, contra o Sport, dia 18 de agosto, Rodrygo não balançava as redes desde antes da Copa do Mundo, em 3 de junho, na goleada sobre o Vitória, quando marcou três.

Coincidentemente ou não, o jejum de gols passou a ganhar corpo após o Santos confirmar a venda de Rodrygo para o Real Madrid, em 15 de junho.