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Após ter pensado em parar, Marta diz que jogará até sentir que não consegue

Alexander Hassenstein - FIFA/FIFA via Getty Images
Imagem: Alexander Hassenstein - FIFA/FIFA via Getty Images

Caio Carrieri

Colaboração para o UOL, em Londres (Inglaterra)

24/09/2018 19h18

Oito anos separaram esta segunda-feira (24) da última vez em que Marta havia sido eleita melhor jogadora do planeta, em um distante ano de 2010. Desde aquela edição da Bola de Ouro, a primeira com chancela da Fifa, a camisa 10 da seleção brasileira chegou a pensar em parar. Mas ela afirma que este pensamento sumiu rapidamente.

"Eu comecei a pensar 'ah, vou parar daqui a um ou dois anos', e isso não funcionou. Eu sentia que tinha algo a acrescentar, o meu corpo respondia bem, conseguia me sobressair. Parei de fazer contas, vou continuar a jogar até o dia que eu realmente sentir que não dá mais, que não estou conseguindo chegar na bola primeiro, fazer físico e responder da maneira que tenho que responder", disse Marta, aos 32.

Entre homens e mulheres, a brasileira é, agora, a jogadora com mais prêmios de melhor do mundo. Ao conquistar seu sexto troféu, ela superou Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, que têm cinco cada - Luka Modric foi o vencedor na premiação masculina desta segunda-feira. Marta não foi ameaçada no topo nem mesmo no tempo que passou sem levar esta honraria para casa.

"Eu não pensava nisso [em voltar a conquistar o prêmio]. Meu pensamento era continuar jogando, porque, jogando, você tem oportunidades e depende muito do que faz durante a temporada. Na primeira vez que eu vim aqui, tinha 18 anos. Ganhei com 20. Teve atletas que se tornaram grandes nomes do futebol feminino e ganharam com 32 pela primeira vez", avaliou Marta.

"Feliz, feliz. É mais um recorde que a gente quebra, mais um ponto positivo para continuar lutando por melhorias para a modalidade. Não é só a Marta, é o futebol feminino. Poxa, o futebol feminino está no topo! É um prêmio que tantas outras pessoas conseguiram, mas não desta maneira. Tem que valorizar e usar isso como motivação para buscar sempre melhorias para a modalidade", concluiu.