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Fla desiste de votar contrato polêmico que ultrapassaria próximos mandatos

O presidente Eduardo Bandeira de Mello vive fim de mandato turbulento no Flamengo - Júlio César Guimarães/ UOL
O presidente Eduardo Bandeira de Mello vive fim de mandato turbulento no Flamengo Imagem: Júlio César Guimarães/ UOL

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

22/09/2018 04h00

Em meio ao turbilhão político que toma conta dos bastidores do Flamengo, a diretoria comandada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello obteve uma vitória, mas também sofreu um revés nos conselhos do clube. Próximo do fim de mandato, o cartola queria aprovar dois contratos com longa duração. O mais controverso, no entanto, foi retirado de pauta e nem sequer tem prazo para ir a plenário.

O UOL Esporte mostrou que as propostas causaram polêmica e mobilização de conselheiros insatisfeitos nos corredores da Gávea. A principal alegação foi que o clube passará por uma eleição e contratos com mais de um mandato de duração não poderiam ser aprovados restando apenas três meses de gestão.

Diante de algum debate, porém, sem obstáculos, o Conselho Deliberativo validou o vínculo por quatro anos com a Sport Promotion, responsável pelas placas de publicidade do Campeonato Brasileiro entre 2019 e 2022. Chegou-se ao denominador comum de que era um bom contrato, ainda que entrasse por outro mandato presidencial. O Flamengo, inclusive, receberá R$ 2 milhões de luvas como antecipação.

Mas o polêmico contrato de locação com a empresa Estapar, atuante no estacionamento da sede social da Gávea, foi retirado pela diretoria da pauta do Conselho de Administração - seria apreciado nos próximos dias. Com um plenário dividido e a insatisfação pela proposta de renová-lo por dez anos, a votação terminou adiada.

O compromisso atual foi feito com base em cinco anos e defende-se que a extensão seja idealizada, no máximo, pelo mesmo período, ainda que se considere ideal algo dentro da gestão do próximo presidente - até 2021.

Um compromisso por dez anos pegaria algumas administrações, já que no Flamengo cada mandato tem a duração de três anos. Nos bastidores, se bateu muito na tecla da pressa da direção para votar a matéria em fim de mandato. A mobilização para reprovar o vínculo com antecipação de receita estava em curso.

Sem data para voltar ao Conselho de Administração, o contrato com a Estapar pode ser apreciado apenas em 2019, já sob o comando do próximo presidente. O jogo político está a todo vapor no clube mais popular do país.