Federação Espanhola proíbe jogo do Barcelona pelo nacional nos EUA
A Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) divulgou uma nota oficial endereçada à Liga de Futebol Profissional (LNFP) proibindo a realização da partida entre Barcelona e Girona, pelo Campeonato Espanhol, em Miami, nos Estados Unidos. A entidade também enviou uma carta à Fifa desautorizando a realização do duelo, de acordo com o jornal "AS".
Na carta, a RFEF afirma que a mudança do local da partida "pode modificar as normas da competição e as condições de igualdade que devem ser cumpridas em todo momento". A entidade diz ter consultado a Fifa e a UEFA para saber das possíveis implicações em autorizar uma partida do Campeonato Espanhol em outro país.
A partida entre Barcelona e Girona está marcada para o dia 26 de janeiro. A mudança para os Estados Unidos foi cogitada depois que a Liga de Futebol Profissional fechou um contrato com uma empresa norte-americana.
Na última quinta-feira (20), membros da Associação de Futebolistas Espanhóis (AFE) se reuniram com representantes da Liga de Futebol Profissional para tratar do assunto. David Aganzo, presidente da entidade, afirmou que o jogo tinha "20% de chances de acontecer em Miami" e não descartou que uma greve fosse organizada pelos jogadores.
Em nota oficial, a AFE disse entender que o acordo firmado pela Liga de Futebol Profissional com a empresa americana descumpre três artigos da convenção coletiva entre as duas entidades: horário, descanso semanal e decisões conjuntas entre AFE e LNFP.
O presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, foi mais um a se colocar contrário ao duelo ser realizado nos Estados Unidos. O dirigente se uniu à RFEF para impedir que o jogo acontecesse fora da Espanha.
"Sou absolutamente contrário à permissão para que times joguem fora de seus estádios os jogos como mandantes. Isso desvirtua a competição. Manifesto-me contrário", afirmou, em declaração publicada pelo jornal "Sport".
A publicação afirma que a posição de Pérez possui interesses econômicos. O motivo seria o fato de o Real Madrid não ter sido o escolhido para fazer uma partida nos Estados Unidos.
Horas depois do recebimento da carta da RFEF, Javier Tebas, presidente da LNFP, se reuniu com jornalistas e se disse "otimista" sobre a realização da partida em Miami. Para o mandatário, no documento, a Real Federação não está proibindo a realização do jogo, mas "apenas pedindo mais documentos".
"Tenho dito há bastante tempo, estou otimista. Que um não goste que façamos esse jogo nos Estados Unidos não significa que o presidente da federação tenha que resolver esse problema de maneira direta, o que demanda muita responsabilidade, ainda mais por ele mesmo ter levado um jogo a Tânger", disse Tebas, se referindo à disputa da última Supercopa da Espanha, entre Barcelona e Sevilla, jogada em uma cidade do Marrocos.
"Não pude falar com ele [presidente da RFEF], mas se falarmos de adulteração de um campeonato, também podemos falar daquele jogo [Supercopa]. Isso parece um puritanismo desportivo que não existe ou podemos dar um exemplo de anos atrás, em que um Real Madrid e Sevilla foi disputado no estádio La Cartuja, ao invés do campo do Sevilla [estádio Ramón Sánchez Pizjuán]", prosseguiu.
"Trabalharemos em tudo o que pedem e acreditamos que temos todo o direito. Me surpreende que sigam falando da opinião da Fifa, mas não está no regulamento. Sigo otimista. Os Estados Unidos são um tema estratégico. Para nós é uma partida muito importante, tanto no direito desportivo como na história. Temos razão e a partida deverá ser jogada em Miami no dia 26 de janeiro", completou Tebas.
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