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Última expulsão de Dedé aconteceu há oito anos e ainda jogando pelo Vasco

Zagueiro ainda não tinha sido expulso em 135 jogos com a camisa do Cruzeiro - Pedro Vilela/Getty Images
Zagueiro ainda não tinha sido expulso em 135 jogos com a camisa do Cruzeiro Imagem: Pedro Vilela/Getty Images

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

20/09/2018 12h00

A derrota do Cruzeiro por 2 a 0 para o Boca Juniors no jogo de ida das quartas de final da Libertadores já marcou para sempre a vida de Dedé. Depois de um choque involuntário com o goleiro Andrada, o zagueiro acabou expulso pelo árbitro Eber Aquino, do Paraguai, que ainda consultou o VAR antes de aplicar o cartão. Esta foi a primeira expulsão do defensor em 135 jogos com a camisa estrelada. A última vez em que havia recebido um vermelho dentro de campo aconteceu na temporada de 2010, quando ainda defendia o Vasco.

Até então, a última expulsão de Dedé tinha acontecido em uma partida contra o Flamengo pelo Brasileirão de 2010. No empate por 1 a 1, o zagueiro deixou a partida aos 19 minutos do segundo tempo após uma entrada de carrinho no volante Willians.

"Desde 2010 eu não tinha tido uma expulsão no campo. Sou um dos jogadores que menos comete faltas no futebol. Me arrebentou no jogo, me deixou muito triste. Sei lá, acho que ele não teve a leitura da situação, foi mal demais. Todo mundo é falho, mas é um momento do futebol que ele tem que ter essa visão", comentou o zagueiro.

De fato, a suposta falta foi a primeira infração de Dedé na partida contra o Boca. Ausente nos últimos 20 minutos do jogo, ele deixou o campo como um dos melhores jogadores do Cruzeiro na partida.

No lance da expulsão, enquanto os jogadores do Cruzeiro questionavam a arbitragem, os atletas do Boca mostraram-se surpresos. Ao comentar sobre o assunto após a partida, Dedé revelou que os próprios adversários não entenderam o motivo do cartão.

"Todo mundo achou que ele iria dar pênalti. Mas não senti nenhum empurrão, nem nada. A gente achou que ele daria o VAR a favor. Nos assustou. Se eu fosse na maldade, no momento que ele caiu, certamente os jogadores do Boca juntariam em mim. Mas eles me agradeceram pelo fato de eu ter pedido socorro ao goleiro. E assim que eu fui expulso, eles me perguntaram o que tinha acontecido. Eu falei que dei uma cabeçada e eles ficaram chocados pelo fato de eu ter sido expulso. Nem eles entenderam a expulsão", disse.

"Ele falou que eu dei uma cabeçada, até fiquei na dúvida, achei que eu tinha dado alguma cotovelada no cara. Fiquei na dúvida comigo mesmo se eu estava com o braço aberto. Mas como eu teria maldade com a cabeça? Acho que comprometeu muito, errou gravemente, prejudicou nossa equipe. Não tiro os méritos do Boca, mas nosso time estava chegando mais próximo e ele facilitou a vitória para o Boca", concluiu.