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Klopp desabafa, diz que Ramos deu golpe de luta em Salah e pede jogo limpo

Técnico do Liverpool fez duras críticas a Sergio Ramos após final da Liga dos Campeões - AFP PHOTO / Sergei SUPINSKY
Técnico do Liverpool fez duras críticas a Sergio Ramos após final da Liga dos Campeões Imagem: AFP PHOTO / Sergei SUPINSKY

Do UOL, em São Paulo

27/07/2018 21h35

Passados dois meses da final da Liga dos Campeões de 2018 entre Real Madrid e Liverpool, o time inglês ainda se mostra magoado com a lesão sofrida por Mohamed Salah em campo. Nesta sexta-feira (27), o técnico do time inglês, Jürgen Klopp, desabafou contra Sergio Ramos, zagueiro do Real, a quem responsabilizou pelo lance que machucou o egípcio.

Em declarações publicadas pelo jornal Daily Mail, Klopp questionou a dividida entre Ramos e Salah, na qual o atacante lesionou o ombro. O treinador ainda fez referência à cotovelada que o zagueiro acertou no goleiro Loris Karius e pediu “jogo limpo”. O Real venceu a decisão por 3 a 1.

”Alguém me mostrou (os lances) imediatamente após o jogo. Mas se você assistir de novo e não estiver com o Real Madrid, então é cruel e brutal. Eu não acho algo como ‘uau, bom desafio’. Foi cruel”, disse, em entrevista coletiva.

“Não acho que Mo (Salah) se machucaria sempre em situações como aquela. Foi falta de sorte desta vez. Mas é uma experiência que não podemos ter. Não estou certo se é uma experiência que teremos novamente. Vá lá e acerte o cotovelo no goleiro, derrube o artilheiro com um gol de luta, então você ganha”, acrescentou.

“A história foi essa. Ramos falou muitas coisas das quais eu não gostei. Como pessoa, não gostei de suas reações. Foi tipo ‘tanto faz, o que eles querem?’. Não, não foi normal. Se o VAR está chegando, esta é uma situação que você tem que olhar de novo. Não para dar um cartão vermelho, mas para dizer: ‘O que foi aquilo?’”, completou.

Em seu desabafo, Jürgen Klopp citou um longo histórico de problemas disciplinares de Sergio Ramos em campo, e afirmou não pretender adotar a mesma política com seus times em campo. Ainda assim, adotou um discurso conciliador, mostrando ter virado a página da derrota.

“Se você escreve isso, as pessoas vão dizer que sou fraco, que sou mau perdedor, que sou chorão. Eu não sou. Eu aceito. Vocês me perguntaram a respeito. Não é como se eu acordasse pela manhã e pensasse ‘Ramos!’. Estou bem. Éramos adversários. Mas, em uma final, você precisa ter um pouco de sorte, e nós não tivemos”, disse, citando a “situação” de Karius.

“Franz Beckenbauer me ligou e disse: ‘Seu goleiro teve uma concussão’. Eu disse: o quê? Ele disse: ‘Eu falei com Hans-Muller Wohlfaht (médico do Bayern de Munique), e ele afirmou que sabia imediatamente, na situação, que Loris tinha sofrido uma concussão quando Ramos o atingiu'”, assegurou. “As pessoas dizem que tornamos público o boletim médico por questões de política. Não é verdade. Não fizemos como desculpa. O problema é que as pessoas não acreditam. Então trouxemos um novo goleiro, e as pessoas ainda não acreditam.”