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Após desempenho cair, Fluminense ganha tempo para colocar a casa em ordem

Um dos destaques do Flu no ano, Ayrton Lucas está lesionado - Thiago Ribeiro/AGIF
Um dos destaques do Flu no ano, Ayrton Lucas está lesionado Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Leo Burlá

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/06/2018 04h00

Da vice-liderança do Campeonato Brasileiro à 13ª posição, o Fluminense chega à pausa para a Copa do Mundo com quatro derrotas consecutivas na bagagem e uma série de questões para resolver até que a bola volte a rolar por aqui.

Com 11 dias de folga até a retomada dos trabalhos, o técnico Abel Braga terá um tempo livre para pensar em soluções para seu time. Comandante de um elenco enxuto, o treinador sabe que a capacidade investimento é baixíssima. Já que dinheiro é escasso nas Laranjeiras, a brecha no calendário será fundamental para colocar jogadores lesionados, como Ayrton Lucas e Marcos Júnior, em forma.

“Não é que esse grupo não tenha qualidade, mas falta reposição. Não podemos repetir o ano passado. Voltaremos em julho e não vamos para mais. Por isso é fundamental ter número suficiente de peças”, admitiu o treinador.

Outra pendência importante a ser resolvida é a sucessão de Paulo Autuori, ex-diretor esportivo do Flu. Sem um profissional no cargo desde a saída do agora treinador do Ludogorets (BUL), Abel perde um aliado no dia a dia, além de ter de se desgastar mais em assuntos que não seriam de sua alçada.

Um exemplo deste acúmulo diz respeito aos atrasos salariais, assunto que tem assombrado recorrentemente jogadores e funcionários. Em recente reunião de rotina com Pedro Abad, Abel tocou no assunto e recebeu um diagnóstico mais minucioso da delicada situação financeira do clube.

“Se tivesse afetando, o time não corria, mas é claro que seria o ideal os jogadores atuarem com a cabeça tranquila”, afirmou ele.

O caldeirão político do clube também deve dar uma esfriada com esse intervalo. Questionado por opositores e até por antigos aliados, o presidente Pedro Abad tem algumas vice-presidências importantes vagas desde a debandada de alguns antigos colaboradores. O dirigente espera ser cirúrgico nas escolhas para tentar trazer quadros capacitados e que ajudem a pacificar a política tricolor.