Punido, jurídico do Palmeiras critica TJD por adiar julgamento sobre final

O diretor jurídico do Palmeiras, Alexandre Zanotta, criticou o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP) por adiar o julgamento do recurso do clube sobre a impugnação da final do Campeonato Paulista. Segundo o presidente do tribunal, delegado Antônio Olim, a pauta foi atrasada em razão da greve dos caminhoneiros, que transferiu os processos da semana passada para a sessão da última segunda-feira (4), quando deveria ter ocorrido a análise do recurso.
O próprio Zanotta, aliás, foi punido na última segunda com 30 dias de suspensão por críticas anteriores ao TJD. Ele havia afirmado que o tribunal queria "engavetar o quanto antes" o caso, sem apurar se de fato houve interferência externa na arbitragem na final contra o Corinthians. No mesmo dia, o presidente Maurício Galiotte teve seu recurso julgado e seu gancho de 45 dias mantido por dizer que o campeonato estava "manchado", mas o clube não terá mais que pagar multa de R$ 10 mil.
"A gente fica intrigado com uma coisa: por que um caso tão irrelevante como o do Galiotte já teve julgamento em segunda instância, analisando o mérito e punindo o presidente, e o caso que teoricamente seria o mais relevante do futebol paulista dos últimos tempos (a impugnação da final) ainda não foi analisado, é sistematicamente adiado e provavelmente não terá sequer análise de mérito, sendo que ninguém será punido? Muito curioso", disse Zanotta.
Com o adiamento, o pleno do TJD vai analisar o recurso sobre a impugnação da final na próxima segunda (11). O caso já está na pauta do tribunal para o dia.
O diretor palmeirense ainda minimizou os efeitos práticos da própria suspensão, que o proíbe de exercer atividades como frequentar vestiários em dias de jogos. "Eu entendo que minha função não é jurisdicionada pela justiça desportiva, por isso a punição não atrapalhará minhas funções no dia a dia. Esse tipo de atitude faz com que a justiça desportiva perca a credibilidade".
Entenda o caso
O Palmeiras entrou com o recurso no TJD após Olim indeferir o pedido de impugnação inicial sem julgar o mérito, alegando que o clube havia perdido o prazo de dois dias após a divulgação da súmula do jogo para entrar com a ação. Já o alviverde sustenta que fez o pedido dentro do tempo correto e tenta fazer com que o caso vá a julgamento.
Além do recurso no TJD, o Palmeiras também entrou com um mandado de garantia no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para tentar obrigar o tribunal paulista a julgar o mérito da questão. O presidente Ronaldo Piacente, porém, preferiu esperar a decisão do TJD sobre o recurso e indeferiu o pedido.
No pedido de impugnação, o Palmeiras aponta diversas contradições nos depoimentos das testemunhas que falaram ao TJD durante o processo de inquérito instaurado pelo tribunal. O clube contratou a Kroll, empresa privada de investigação, para tentar provar que a equipe de arbitragem recebeu informações externas de forma ilegal na partida.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.