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Santistas entram na Justiça para evitar "torcida única" contra Atlético-PR

Napoleão de Almeida
Imagem: Napoleão de Almeida

Do UOL, em São Paulo

29/05/2018 23h12

Depois de o Cruzeiro tentar sem sucesso a liberação de seus torcedores para ter um lugar reservado na partida contra o Atlético-PR, um grupo de torcedores do Santos buscou a Justiça nesta terça-feira (29) para derrubar a decisão do Ministério Público do Paraná de vetar locais separados para a torcida visitante em jogos no Estado. O único clube a aceitar o projeto foi o Atlético-PR, justamente o rival santista nesta quinta-feira (31), pelo Campeonato Brasileiro.

A medida do MP não proíbe a entrada de torcedores adversários na Arena da Baixada, mas define que estes serão acomodados juntamente com a torcida da casa. “Representa flagrante risco à sua integridade física e mental”, diz a ação movida pelos santistas. O jogo acontece nesta quinta-feira (31), às 21 horas.

“Ainda afere garantias constitucionais como o livre arbítrio e o direito de expressão, pois a medida também impede que o torcedor adversário vista camisetas e adereços de seu clube do coração, bem como que celebre eventuais gols de seu time sem que seja alvo de caçada por torcedores adversários”, continua o documento.

A ação cita o jogo de domingo entre Paraná e Atlético-PR, no qual torcedores tricolores teriam brigado entre si – a partida na Vila Capanema também foi realizada sob a medida de torcida única, o que não impediu a confusão.

Os santistas exigem que o Atlético-PR e o Ministério Público permitam a entrada de torcedores do Santos de forma separada, para que possam vestir as cores do clube livremente, “bem como a delimitação do espaço em separado, o qual sempre foi conhecido como local destinado a torcida visitante”.

Outra exigência é de que seja providenciado todo o efetivo de segurança necessário, tanto na esfera privada quanto pública, de modo a garantir a integridade dos torcedores presentes na Arena da Baixada.

O Cruzeiro tentou a mesma medida antes do jogo contra o Atlético-PR em 16 de maio, entrou com mandado de segurança, mas o Tribunal da Justiça do Paraná recusou a solicitação.