Troca de técnicos agita Europa, mas ainda deixa "figurões" no desemprego
Temporada encerrada é sinal de vida nova para muitos clubes europeus. Conhecido por dar mais estabilidade a seus treinadores, o futebol do Velho Continente vive dias agitados também na “dança das cadeiras” que atingiu times de primeira linha como PSG e Bayern de Munique. Mas algumas figuras de renome seguem desempregadas e com a dúvida de onde (e se) trabalharão a partir de julho.
Arséne Wenger, ex-Arsenal, Luis Enrique, há uma temporada parado depois de uma passagem de relativo sucesso pelo Barcelona, e Marcelo Bielsa estão à espera de uma oportunidade, que pode não surgir entre os grandes clubes da Europa. Quase todos os gigantes do continente já têm o cargo preenchido ou encaminhado.
As últimas semanas marcaram definições importantes em cinco times. A mais aguardada delas era a do PSG, que confirmou a saída de Unai Emery para a chegada do alemão Thomas Tuchel, ex-Borussia Dortmund. O time francês viveu uma temporada turbulenta, apesar de conquistar todos os títulos locais, e vai apostar em um jovem de 44 anos para liderar o projeto de chegar ao topo da Europa tendo em seu elenco nomes como Neymar e Mbappé.
Dispensado pelo PSG, Unai Emery ficou poucos dias desempregado até ser confirmado como substituto de Arsene Wenger, que ficou no Arsenal por 23 anos. O técnico espanhol iniciará o trabalho que terá ares de reconstrução sem a vaga para a Liga dos Campeões e com investimentos modestos em relação aos seus principais rivais ingleses. Por isso, precisará de tempo e continuidade no novo cargo.
Já o Bayern de Munique terá em seu banco de reservas um jovem de 46 anos que se destacou em três campeonatos à frente do Eintracht Frankfurt. O croata Niko Kovac chega para devolver a normalidade a um clube que optou pela demissão de Carlo Ancelotti em meio a uma temporada e precisou tirar o velho conhecido Jupp Heynckes da aposentadoria por seis meses. Mesmo assim, o time fechou o ano com a conquista do Alemão e uma semifinal de Liga dos Campeões.
Ancelotti, por sua vez, colocará fim aos oito meses sabáticos após a demissão do Bayern em setembro para comandar um Napoli que brigou pelo título italiano e disputará a próxima Liga dos Campeões. Fechando a dança dos técnicos, o Borussia Dortmund trocou Peter Stoger pelo suíço Lucien Favre, que chega credenciado por um trabalho consistente no Nice.
Chelsea vive incerteza
A ciranda dos técnicos da Europa tem como ponto provável de continuidade o Chelsea, que vive indefinição em relação a Antonio Conte. O italiano tem contrato até 2019, mas o desgaste com jogadores e uma temporada em que conquistou a Copa da Inglaterra, mas não classificou o time para a Liga dos Campeões, podem selar a sua saída.
De acordo com a imprensa inglesa, dois nomes surgem como favoritos para a vaga caso o Chelsea opte pela troca: o italiano Maurizio Sarri, recém-saído do Napoli, e o Luis Enrique, sem clube desde que deixou o Barcelona em 2017.
Entre os demais clubes, apenas o Real Madrid não tem 100% de certeza da continuidade de Zinedine Zidane, embora sua permanência tenha variado de indefinida para quase certa com a campanha na reta final da Liga dos Campeões. Hoje, a análise é de que o francês só deixa o clube se assim desejar, o que parece improvável diante de suas últimas entrevistas.
Qual será o futuro de Wenger?
Entre todos os “desempregados” do futebol europeu, o caso que desperta mais expectativa é de Arséne Wenger. Desde que anunciou a saída do Arsenal, há mais de um mês, o técnico francês já disse ter recebido sondagens e até propostas, mas até o momento não há uma indicação clara de qual será o seu futuro.
Wenger pode, inclusive, trocar de cargo. O treinador disse que a prioridade é continuar no banco, mas não descartou assumir uma função diretiva dependendo do projeto. O jornal “The Guardian”, por exemplo, noticiou a possibilidade de o PSG contratá-lo para ser gerente geral. Mas até o momento a conversa não evoluiu.
Veja abaixo a situação dos principais clubes europeu no mercado de técnicos
Clubes com mudanças de técnico
Arsenal – Sai Arséne Wenger, entra Unai Emery
Bayern de Munique – Sai Jupp Heynckes, entra Niko Kovac
Borussia Dortmund – Sai Peter Stoger, entra Lucien Favre
Napoli – Sai Maurizio Sarri, entra Carlo Ancelotti
PSG – Sai Unai Emery, entra Thomas Tuchel
Clube com técnico ameaçado
Chelsea - Antonio Conte
Clube com técnico quase garantido
Real Madrid - Zinedine Zidane
Clubes que manterão técnicos para 2018-2019
Atlético de Madri – Simeone
Barcelona – Ernesto Valverde
Inter de Milão - Luciano Spalletti
Juventus - Massimiliano Allegri
Liverpool – Jurgen Klopp
Lyon - Rudi Garcia
Monaco – Leonardo Jardim
Manchester City – Pep Guardiola
Manchester United – Jose Mourinho
Milan - Gattuso
Tottenham – Mauricio Pochettino
Técnicos desempregados
Arséne Wenger
Luís Enrique
Marcelo Bielsa
Maurizio Sarri
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