PSG ouve queixas de brasileiros ao DM e busca profissionais de confiança
A influência dos jogadores brasileiros no Paris Saint-Germain é grande. As opiniões de Neymar, Thiago Silva, Marquinhos, Daniel Alves e Thiago Motta são consideradas relevantes pela diretoria. E foi depois de ouvir algumas queixas que uma decisão de mudar o departamento médico para a próxima temporada foi tomada.
As modificações não consistem em demissões, mas segundo apurou o UOL Esporte, os dirigentes do PSG já se movem para contratar outros profissionais de confiança do grupo dos brasileiros. Aqui, cabe a ressalva de que o preparador físico, Ricardo Rosa, e o fisioterapeuta, Rafael Martini, já fazem parte do staff do clube por uma exigência de Neymar.
Os jogadores brasileiros relatam melhoras estruturais no departamento médico do PSG recentemente. Mas ainda assim há uma clara falta de confiança em realizar o tratamento no clube. O caso mais clássico foi o de Neymar, que realizou cirurgia no pé direito no Brasil, e passou todo o período de tratamento fisioterápico em sua casa no Rio de Janeiro.
No ano passado, caminho parecido já havia sido adotado por Thiago Motta. Lesionado no joelho direito, o jogador primeiro evitou a operação, mas resolveu realizá-la em uma clínica em Pittsburgh, nos Estados Unidos.
Com Thiago Silva, o problema foi a perda de um profissional de confiança. O fisioterapeuta pessoal, Marcelo Costa, que o acompanhava nas passagens por Fluminense e Milan, era funcionário do clube, mas foi demitido no fim do ano passado.
Queixas sobre cuidados o PSG também ouviu recentemente de Marquinhos. O zagueiro teve lesão na coxa na partida de ida contra o Real Madrid, em fevereiro, mas foi liberado pelo departamento médico do clube para atuar no jogo da volta 15 dias depois. Ao se apresentar à seleção brasileira logo após, Marquinhos foi avaliado como ainda lesionado e ouviu críticas da CBF sobre o tratamento – zagueiro não foi cortado, mas ficou de fora dos amistosos contra Rússia e Alemanha -.
Já o caso da lesão no joelho de Daniel Alves é o que reaproximou o departamento médico do PSG aos brasileiros. O lateral cogitou realizar cirurgia e tratamento em Barcelona, mas aceitou a indicação do clube para realizar todo o processo nas mãos dos profissionais da casa.
Os problemas entre o departamento médico e os jogadores brasileiros já foram relatados em Paris pelo jornal “Le Parisien” em março. Após a lesão de Neymar, o veículo destacou que: "as divisões entre a unidade de esporte e a unidade médica de um clube são frequentes, mas persistem no PSG e parecem cada vez mais violentas".
Questionado pelo UOL Esporte, o PSG oficialmente não confirma nenhuma mudança programada para o departamento médico e diz não haver problemas envolvendo os brasileiros.
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