Reservas do Santos não fazem "sombra" e causam pressão por reforços

O Santos se classificou para as quartas de final da Copa do Brasil devido a goleada conquistada diante do Luverdense por 5 a 1 no jogo de ida, na Vila Belmiro. Isso porque os reservas não passaram no teste do técnico Jair Ventura e sucumbiram diante do modesto time mato-grossense nesta quinta-feira, no estádio Passo das Emas, em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso. A derrota por 2 a 1, de virada, demonstrou que nenhum dos suplentes conseguiu fazer "sombra" e pressionar os titulares da equipe de Jair.

O tropeço para o Luverdense também expõe a carência do elenco para brigar por títulos em três competições que disputa: Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Libertadores da América. Ainda em Mato Grosso, dirigentes santistas admitiam internamente a necessidade de buscar reforços para o segundo semestre.

Até Gustavo Henrique, o reserva com mais chances de roubar uma vaga na equipe titular, jogou abaixo do esperado e, inclusive, escorregou no gol de empate do Luverdense.

Além de Gustavo Henrique, o lateral Daniel Guedes demonstrou que está longe de recuperar a vaga de Victor Ferraz. O jovem lateral deu bastante espaço para os atacantes do Luverdense e pouco apoiou o ataque. Em uma rara subida, ele cruzou para o gol contra de Paulinho, o único do Santos na partida.

O meio-campo deixou a desejar. Yuri, Diego Pituca e Vecchio falharam na criação e, inclusive, foram lentos na transição. Jair tentou consertar o setor com Calabres e Vitor Bueno no segundo tempo, mas sem sucesso.

O Santos, segundo estatísticas do Footstats, finalizou apenas sete vezes no jogo inteiro, sendo que quatro delas foram erradas. Yuri Alberto foi o que mais finalizou, três vezes, mas duas delas foram erradas. No restante, Vitor Bueno e Calabres acertaram o gol, enquanto Arthur Gomes e Yuri erraram uma vez cada.

Na lateral-esquerda, Dodô se mostra soberano. Jair não utilizou Caju e preferiu improvisar Jean Mota, que atualmente ocupa uma das vagas titulares no meio-campo.

“No time do Santos todos têm oportunidades. A vida é feita de oportunidades. Muitos hoje tiveram, agora vamos avaliar aqueles que aproveitaram ou não. Pelo resultado lógico que queremos vencer, não vou chegar aqui e expor meus atletas, o que gostei ou não. De maneira interna fazemos uma avaliação, isso cabe somente internamente”, disse Jair.

Em relação a reforços, a diretoria promete correr para fechar um “pacote” de quatro jogadores para julho, quando reabre a janela de transferências internacional.

Os nomes são mantidos em sigilo, mas três deles são atletas sul-americanos: Lucas Zelarayán, do Tigres, e mais dois. Segundo os dirigentes santistas, estas duas últimas negociações estão bastante adiantadas e são nomes que ainda não “vazaram” na mídia.

Além do trio sul-americano, o quarto jogador é um brasileiro que atua no exterior. Os reforços são para o meio-campo e ataque: um volante, dois meias e um centroavante.

A diretoria santista espera anunciar as contratações antes da “parada” da Copa do Mundo da Rússia para acalmar os ânimos da torcida, que cobram reforços de todas as formas: nas arquibancadas, nas redes sociais e até nos muros, como as pichações na Santos Business Center - espécie de sub-sede do clube na capital paulista – após a goleada sofrida para o Grêmio por 5 a 1.

O presidente José Carlos Peres só acertou três contratações para esta temporada: os atacantes Eduardo Sasha e Gabigol, além do lateral esquerdo Dodô.