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Vices contornam crise no Fla, e Lomba segue no comando após demissões

Ricardo Lomba, de cinza, conversa com presidente Bandeira em treino do Fla - Gilvan de Souza / Site oficial do Flamengo
Ricardo Lomba, de cinza, conversa com presidente Bandeira em treino do Fla Imagem: Gilvan de Souza / Site oficial do Flamengo

Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

31/03/2018 14h19

As fortes declarações de Ricardo Lomba foram o estopim para as mudanças no futebol do Flamengo. O vice-presidente da pasta foi firme quando se esperava atitude dos responsáveis pelo carro-chefe. Agradou a alguns, desagradou a outros. Mas um ponto está definido após as seis demissões no departamento. O UOL Esporte apurou que o dirigente seguirá no cargo e descartou qualquer possibilidade de saída em conversas com os seus pares.

A decisão foi tomada com a interferência de outros vice-presidentes. Eles entraram em ação para contornar o mal-estar com o mandatário Eduardo Bandeira de Mello. Houve uma conversa e ficou definido que cada parte terá de ceder um pouco nas ações.

Lomba, inclusive, esteve no CT Ninho do Urubu neste sábado (31). Ele conversou com Bandeira e também bateu um papo com os jogadores. Nos bastidores da Gávea, a saída por conta da centralização das decisões do mandatário - ao lado do CEO Fred Luz - estava praticamente consumada. O vice de futebol sempre exigiu autonomia para tocar o setor.

O trabalho agora está voltado para encontrar um novo técnico. O diretor Carlos Noval, responsável pelas categorias de base, ficará no lugar do demitido Rodrigo Caetano. Os nomes de Cuca e Felipão circulam nos bastidores.

O certo é que Ricardo Lomba ganhou força política e passou a ser bem visto pelos torcedores em meio ao clima eleitoral que já movimenta os corredores da Gávea. Ao chamar a eliminação para o Botafogo de "vergonha absurda", o dirigente conseguiu o que queria. E ainda pode obter bem mais do que a reformulação do futebol.