Topo

Com moral, Cittadini vê Santos acelerar seu retorno para pegar Estudiantes

Léo Cittadini sofreu lesão de grau na coxa esquerda há quase duas semanas - Ivan Storti/Santos
Léo Cittadini sofreu lesão de grau na coxa esquerda há quase duas semanas Imagem: Ivan Storti/Santos

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

31/03/2018 04h00

Eterno reserva nos últimos anos, o meia Léo Cittadini deu a volta por cima sob o comando do técnico Jair Ventura e virou titular do Santos, desbancando até o ídolo Renato da equipe titular. Com moral, o jogador faz trabalho intensivo de recuperação de lesão muscular na coxa esquerda para adiantar seu retorno aos gramados.

A lesão de Cittadini é chamada de grau 2 e, por isso, a previsão inicial de retorno seria de três semanas. No entanto, o departamento médico do clube acelerou o tratamento e viu o jogador “responder”.

O meia já foi liberado para os trabalhos físicos no gramado e pode ser relacionado para o duelo contra o Estudiantes na próxima quinta-feira (5), na Argentina, válido pela terceira rodada da Copa Libertadores da América.

Cittadini virou titular no meio-campo santista e passou a ser o segundo volante do time de Jair Ventura. O treinador gosta de iniciar as jogadas trabalhadas no campo de defesa e, principalmente, com triangulações. Neste sistema de jogo, o meia joga de maneira mais “vertical” que o veterano Renato e, até por ser mais jovem, tem mais força para fazer infiltrações.

Não é à toa que Cittadini se tornou o terceiro jogador do Santos que mais sofreu faltas no Campeonato Paulista, com 17 infrações sofridas segundo o Footstats. Ele só fica atrás de Arthur Gomes, com 21 faltas, e Sasha, 19. Isso demonstra que o “jogo” tem passado por ele no meio-campo.

Defensivamente, o meia também não deixa a desejar. Cittadini é o terceiro atleta santista que mais desarmou no Paulistão. Foram 19 bolas roubadas em sete jogos. Alison é o primeiro, com 51 em 13 partidas, e Daniel Guedes o segundo, com 22 em 11 jogos.

Sem o camisa 10 de origem no elenco, Jair Ventura tem optado por atuar no esquema 4-1-4-1, pois este sistema de jogo facilita para que os volantes fiquem com a armação das jogadas, assim como Tite faz com Paulinho e Renato Augusto na seleção brasileira.

Jair Ventura já percebeu em treinamentos e jogos que Cittadini e também Vecchio não gostam de atuar como “meia centralizado”, atrás do centroavante e de costas para o gol. Desta forma, o treinador “achou” a posição da revelação santista, que esquentou o banco de reservas com os últimos treinadores do Santos.