Luxemburgo ajuda mulher em desespero ao tirar carro de tempestade em SP
Vanderlei Luxemburgo teve um gesto nobre ao ajudar uma moça na tarde da última quinta-feira em São Paulo. Amanda Ciocler estava dirigindo seu carro na região de Perdizes, Zona Oeste de São Paulo, debaixo de uma tempestade e entrou em desespero porque o veículo derrapou e não conseguia subir uma ladeira. O técnico, que estava no carro ao lado, se prontificou a assumir o volante dela para ajudá-la.
“Eu vi um carro derrapando e não saía do lugar e eu atrás, todo mundo buzinando, passei pelo carro, abri o vidro do carona sem saber quem estava dirigindo, aí vi que era uma moça desesperada. Naquele momento fiquei imaginando o desespero dela, de imediato imaginei que poderia ser uma filha minha com o mesmo problema e alguém parar para ajudar”, contou o técnico ao UOL Esporte.
Amanda relatou o episódio em um post no Facebook que viralizou na rede social com mais de 13 mil curtidas e 2 mil compartilhamentos. Na publicação, ela conta que estava subindo a rua Vanderlei, curiosamente de mesmo nome do técnico, após cruzar a avenida Sumaré.
O caminho já faz parte da rotina de Amanda e ela costuma tirar de letra até as derrapagens que acontecem com frequência no local de terreno bastante íngreme. Mas dessa vez, por conta da forte chuva, o carro ficou ‘sambando’ e ela não conseguiu controlá-lo. O automóvel travou o trânsito e os motoristas que estavam atrás começaram a reclamar e a buzinar sem parar. Amanda então entrou em desespero diante da situação.
“Eu estava no meu caminho de costume, sempre subi a Vanderlei. Estou acostumada à subida de Perdizes há bastante tempo. E sempre consegui tranquilamente subir, várias vezes eu derrapava, mas sempre consegui tirar o carro. Dessa vez encalhei. Tinham muitos carros patinando e não conseguindo subir. A chuva estava realmente muito forte. Tinha um carro do meu lado patinando, a gente estava travando a rua inteira. Eu abri a janela para tomar um ar. Eu estava acelerando, mas o carro estava começando a ficar de lado, meio torto. O carro estava caindo, atrás tinha carro, eu estava totalmente sem saída”, disse ela ao UOL Esporte.
Luxemburgo então apareceu. Amanda relata que ele estava no carro atrás do dela e parou ao seu lado. Ao ver que ela não conseguia resolver o problema, ele estacionou na rua e desceu debaixo de chuva para dar orientações. “Eu falei: ‘pelo amor de Deus, me ajuda, não estou conseguindo. Ele veio até a minha janela e disse: ‘acelera bem devagar. Coloca no modo esportivo com uso de marcha’”, relatou.
Mesmo receosa de que um homem estranho entrasse em seu carro, Amanda não viu outra alternativa. Só depois reconheceu que o homem prestativo se tratava de Vanderlei Luxemburgo. “Por causa da chuva falei para ele entrar no carro (pensem no meu desespero para fazer isso). Ele entrou. Quando olhei para o lado, vi um rosto conhecido. Era simplesmente o VANDERLEI LUXEMBURGO, todo molhado, dentro do meu carro, me ajudando a sair daquela situação ridícula! Precisei perguntar: ‘você é o Luxemburgo?’ A resposta foi simples: ‘eu mesmo’!", conta ela em seu post no Facebook.
Ainda assim, ele não conseguiu solucionar o problema e foi o próprio técnico quem assumiu o volante e subiu a rua. "ÓBVIO que não consegui tirar o carro do lugar, então mudamos de lugar para ele dirigir o meu carro. Ele subiu a ladeira inteira e eu falei: ‘e agora, como você vai voltar para o teu carro?’ Ele, na maior calma, respondeu: fica tranquila, vou correndo!”.
Mais tranquila, depois de subir a rua e ficar em segurança, Amanda até brincou com o treinador e ficou muito agradecida pelo gesto de solidariedade. Ainda resolveu compartilhar a boa ação com os amigos no Facebook diante da cena inusitada. “Falei para ele: ‘Nossa, não estou em acreditando que eu deixei uma pessoa estranha entrar no meu carro nessa situação. Ele olhou para mim: ‘Ah desculpa. Sou uma pessoa estranha’. E eu disse: ‘O que você está me pedindo desculpa? Estranha sou eu. Quem está correndo risco é você que não me conhece”, brincou.“Foi um anjo, realmente eu não teria conseguido tirar. Eu poderia ter batido o carro, eu estava muito nervosa. Eu sou uma boa motorista, eu sou boa na direção, mas não estava conseguindo mesmo.”
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