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Roger recorre a camisa 9 na hora do sufoco e dá fôlego a retorno de Borja

Leandro Miranda

Do UOL, em São Paulo

28/03/2018 12h00

As boas atuações de Willian como um centroavante móvel nos jogos recentes em que o Palmeiras ficou sem seu artilheiro Borja vinham colocando dúvidas na cabeça do técnico Roger Machado sobre a melhor formação para o setor ofensivo. Mas a aposta em Deyverson na hora do sufoco contra o Santos, na semifinal, mostra que a equipe ainda precisa de um 9 típico em vários momentos e dá fôlego ao retorno do colombiano.

Mesmo com Deyverson voltando de uma fratura no pé direito e em baixa com a torcida, Roger colocou o centroavante no lugar de Willian no segundo tempo, quando o time já perdia por 2 a 1, resultado que levou a decisão para os pênaltis, nos quais o Palmeiras conseguiu a vaga na final. Com o Santos muito recuado e fechando espaços na frente da área, a opção pela bola aérea fez o treinador tomar essa decisão.

Roger vinha dando mostras nas últimas semanas de que o ataque mais rápido, com Keno, Willian e Dudu, havia agradado bastante. O time ganhou movimentação e intensidade na pressão à saída de bola adversária, e não deixou de fazer gols. Porém, um centroavante de ofício ainda dá opções que atacantes mais leves não dão.

"A partir dos 20 do segundo tempo, o Santos fechou a parte central do campo e a gente não conseguiu encontrar espaços. Em dois cruzamentos o Willian conseguiu o cabeceio, mas não é sua principal virtude. Com o Deyverson, tivemos um jogador com estatura, imposição física. Agora, com a volta do Miguel, a gente vê como vai ficar. A formação com o Willian à frente ficou boa. O Miguel me dá uma característica, o Willian me dá outra", avaliou o treinador.

Borja vivia seu melhor momento no Palmeiras até ser convocado, com sete gols em 11 jogos em 2018. Cobrado para se movimentar mais e ajudar também na pressão defensiva, o colombiano não faz esse trabalho tão bem quanto Willian, mas é opção para bolas mais longas e cruzamentos - justamente o tipo de jogo que o Palmeiras se viu forçado a fazer em determinados momentos contra o Santos.

Para a primeira final do Paulistão, que será disputada no próximo sábado contra São Paulo ou Corinthians, Borja já estará novamente à disposição de Roger. O treinador terá a semana para decidir se mantém a formação com Willian centralizado e Keno e Dudu nas pontas ou se saca um dos três para o retorno de seu goleador.