Em jornal, vítimas de Auschwitz recordam de futebol durante o holocausto
“Era um lugar tão horrível que não se pode descrever”, recorda Yehuda Bacon sobre Auschwitz, o maior campo de concentração do holocausto, situado na Polônia. O senhor de 88 anos é sobrevivente de um episódio que é considerado um mais cruéis de todo o século 20 — estima-se mais um milhão de pessoas assassinadas no local e seis milhões, ao todo, pelo nazismo, com as mais diversas práticas de tortura.
Com uma história que se confunde com a história da Segunda Guerra Mundial e dos crimes ligados a este conflito, o octagenário é uma das vítimas cujas memórias foram revisitadas pela reportagem especial do jornal espanhol “Marca” “Eu joguei futebol em Auschwitz”. O periódico publicou, por ocasião do Dia Internacional de Lembrança do Holocausto, neste sábado (27), uma página que fala da existência do esporte nos campos de concentração.
Entrevistado, Bacon lembra que se tratava de algo excepcional e esporádico, quase um “absurdo”, por ocorrer em um “inferno” onde se matavam pessoas. “É paradoxal que em um lugar como esse campo de concentração alguns jogos tenham ocorrido. Parece estranho, até é difícil de entender, mas isso aconteceu lá”, afirma.
Segundo ele, que foi enviado ao local quando tinha 14 anos, as partidas reuniam não só indivíduos presos, mas também guardas nazistas. Inclusive, a bola utilizada para as atividades, disputadas normalmente aos domingos, era oferecida por oficiais da SS, a polícia secreta de Adolf Hitler.
Na reportagem, o “Marca” também relata as histórias de outras pessoas, algumas que não sobreviveram, e denuncia os horrores perpetrados. Resgata, com farto material gráfico, audiovisual e documental, a importância do futebol durante o holocausto. O conteúdo está disponível, em espanhol, no site do jornal: http://www.marca.com/deporte/futbol/especial/futbol-auschwitz/
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