Vasco terá que desembolsar mais de R$ 15 milhões para quitar atrasados
Em suas primeiras palavras como presidente empossado do Vasco da Gama, Alexandre Campello fez duas promessas: pagar uma folha dos salários atrasados até esta sexta-feira (26) - feito realizado com dois dias de antecedência - e o restante (dezembro, 13º e férias) até o dia 5 de fevereiro. O total desta missão custará mais de R$ 15 milhões.
Vice de futebol do clube, Fred Lopes informou ao Globoesporte.com em Bacaxá (RJ), onde o Cruzmaltino perdeu para a Cabofriense por 2 a 1, que a verba obtida para pagar o mês de novembro nesta quarta (24), surgiu por meio de um “investidor”, sem entrar em maiores detalhes. A prática, porém, tem sido comum em São Januário.
Recentemente, o empresário Carlos Leite, parceiro comercial de Eurico Miranda e agente de uma série de jogadores vascaínos, aportou cerca de R$ 20 milhões no clube, que foram restituídos consequentemente com as vendas do zagueiro Luan e do volante Douglas. Anteriormente, dirigentes afortunados da política cruzmaltina se utilizaram da mesma opção nas gestões Dinamite e Miranda, como José Luiz Moreira, Antônio Peralta e Olavo Monteiro de Carvalho.
Além da ajuda “alternativa”, a administração de Alexandre Campello também deverá ter um aporte financeiro por vias mais normais, graças a transações de Eurico em seus últimos dias de mandato que geraram suspeitas por parte dos opositores.
O clube anunciará oficialmente, nos próximos dias, seu novo patrocinador máster, a empresa do ramo farmacêutico Lasa, que fechou um contrato de um ano com um pagamento imediato de R$ 10 milhões. Os outros R$ 8 milhões serão diluídos ao longo da temporada.
Nas recentes vendas de jogadores, o clube ainda acumulou R$ 8 milhões com a ida de Mateus Vital para o Corinthians e R$ 2 milhões com a transferência de Madson ao Grêmio. Ambos são agenciados por Carlos Leite, e não se sabe se os valores entrarão integralmente aos cofres vascaínos.
No fim do mês ou, no mais tardar, no início de fevereiro, o clube ainda receberá cerca de R$ 15,5 milhões por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa pela venda de Philippe Coutinho, do Liverpool (ING) para o Barcelona (ESP).
Nos bastidores de São Januário, o medo é o de que boa parte desta verba seja retida com penhoras em função dos processos que o Vasco acumula nos tribunais. Se isto acontecer e faltar grana para quitar os atrasados, o caminho mais provável é de que o Cruzmaltino recorra a empréstimos.
No total, levando-se em consideração somente o departamento de futebol, a dívida salarial é de cerca de R$ 15 milhões. Porém, somando todo o quadro de funcionários e mais os direitos de imagem que alguns jogadores têm a receber, esse montante cresce consideravelmente.
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