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Caçula decide e marca Flamengo campeão, solidário e guerreiro na Copinha

Staff Images/Flamengo
Imagem: Staff Images/Flamengo

Gabriel Carneiro

Do UOL, em São Paulo

25/01/2018 12h16

Nascido em agosto de 2000, o atacante Wendel foi o jogador mais jovem que começou jogando pelo Flamengo na final da Copa São Paulo de Juniores, nesta quinta-feira, contra o São Paulo. Foi justamente do camisa 9 o gol que abriu o placar no estádio do Pacaembu e deixou mais próximo o quarto título da competição conquistado pelo clube do Rio de Janeiro no início da tarde.

Wendel é símbolo de uma geração de valor do Flamengo. Além do título, a festa é pelo fato de que uma série de jogadores já são considerados prontos pelo clube para servirem à categoria profissional. Tanto é que Paulo César Carpegiani, técnico do time de cima, chamou promessas durante a Copinha para atuarem no Campeonato Carioca.

Na base, o que marcou a campanha vencedora da Copinha foi a solidariedade ofensiva. Em nove partidas, dez jogadores diferentes fizeram gols pelo time comandado por Maurício Souza: Vitor Gabriel, o artilheiro que não atuou na final por suspensão, fez quatro, enquanto Lucas Silva e Luiz Henrique fizeram três cada, Pepê e Wendel outros dois e mais um para Patrick, Yuri, Matheus Dantas, Bill e Patrick Valverde. Para completar os 21 gols marcados ao longo da campanha ainda houve dois gols contra, e Elosport e Coritiba.

- Isso é fruto do controle da vaidade, de entender quem está melhor colocado e servir o companheiro, não necessariamente ter o artilheiro. Combinamos que não teríamos heróis, e sim um grupo unido, fechado e que buscaria a todos momento ser solidário. Isso explica tantos atletas terem feito gols ao longo da competição - comenta o técnico.

Antes da Copinha, vários jogadores com idade de base já haviam deixado a categoria sub-20 para serem integrados ao elenco profissional, a começar por Vinicius Júnior. A lógica também seguiu com Lincoln, Gabriel Batista, Matheus Thuler, Klebinho e Jean Lucas. Maurício de Souza, então, contou com um jogador nascido em 2001, nove nascidos em 2000, oito de 1999 e somente sete de 1998, idade limite para a competição.

Campeão em 2016, 2011 e 1990, o Flamengo não tem dúvidas da frase que já virou clichê: a base vem forte.