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Mascote é agredido pela própria torcida após visitar 'adversários'

Mascote do Foz foi agredido pela própria torcida em estreia no Paranaense - Reprodução
Mascote do Foz foi agredido pela própria torcida em estreia no Paranaense Imagem: Reprodução

Marcello De Vico

Do UOL, em Santos (SP)

23/01/2018 15h15Atualizada em 24/01/2018 11h10

Nem mesmo um mascote está livre da violência no futebol brasileiro. No último domingo (21), no jogo entre Foz do Iguaçu e Londrina, no estádio do ABC, pela primeira rodada do Campeonato Paranaense, o Quati que simboliza o time do Foz foi agredido pela própria torcida.

Antes da partida, o mascote – que tinha alguns familiares presentes na torcida do Londrina – dirigiu-se até a arquibancada da equipe visitante, de forma cordial. A atitude não agradou parte da torcida do Foz do Iguaçu, que respondeu com agressão física.

Depois de uma breve discussão, um dos torcedores - que segundo o clube pertence à organizada Águias da Azzurra - deu uma voadora no Quati, que acabou caindo no chão da arquibancada. A polícia precisou intervir.

Quati, mascote do Foz do Iguaçu, posa para foto com o restante do time - Divulgação - Divulgação
Imagem: Divulgação

De acordo com a assessoria de imprensa do Foz do Iguaçu, o funcionário que trabalhava como mascote foi retirado da função para ser preservado, mas não foi afastado do clube. A partir de agora, ele trabalhará em outra área, e outro funcionário assumirá o papel de mascote.

O clube paranaense informou ainda que orienta os mascotes a não se dirigirem até a torcida adversária. Porém, condena qualquer tipo de violência e diz que nada justifica a agressão.

O jogo entre Foz do Iguaçu e Londrina, pela estreia do Paranaense, terminou empatado por 2 a 2.

Organizada nega participação

De acordo com a organizada Águias da Azurra, o torcedor que agrediu o mascote não é membro da torcida. "Fizemos levantamento do ocorrido, e não houve participação de qualquer membro da organizada, até porque haveria punição previstas no regulamento interno da torcida. A nossa visão e ideologia repudiam qualquer ato de violência, e prevê desligamento de sócios envolvidos em tais atos", disse Rodrigo Francisco da Silva, presidente da organizada.

"Na imagem vemos claramente que não há participação de nenhum torcedor nosso, porém como era em setor reservado a nós, e as organizadas têm má fama, jornais do Brasil todo vincularam a violência ao nosso nome, sem ao menos nos consultar. O próprio clube fez essa vinculação", acrescentou.