"Facão" de 300 demissões no Santos chega à base e só deve poupar um técnico
O “facão” comandado pelo presidente eleito do Santos, José Carlos Peres, na Vila Belmiro, chegou as categorias de base. O UOL Esporte apurou que, além de diretor e gerente de futebol, quase todos os treinadores serão demitidos. Apenas Luciano Santos, técnico da equipe sub-17, deve permanecer.
Até o técnico Aarão Alves, filho de Manoel Maria, ex-atleta do Santos na “geração Pelé”, será dispensado. Aarão é técnico do time sub-20 e acabou de ser eliminado nas quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior após goleada sofrida para o Internacional por 4 a 0, em Franca, na última quinta-feira.
No caso de Aarão existe uma esperança pois ele tem Pelé como o seu “padrinho” no clube paulista. O Rei do futebol é muito amigo da família, principalmente de Manoel Maria. Há quem diga no clube que nem a influência de Pelé deve segurar o treinador no cargo.
A ideia da diretoria santista é que Luciano Santos assuma o time sub-20 e outro treinador seja contratado para a equipe sub-17.
Luciano tem fama de técnico moderno. Ele foi o responsável por lançar Rodrygo, Yuri Alberto, Lucas Lourenço e companhia, considerados a nova safra de Meninos da Vila. Ele trabalhou com estes jovens nas equipes sub-15 e 17.
O coordenador Ronaldo Lima, contratado pelo ex-presidente Modesto Roma, já foi demitido. A nova diretoria santista já contratou Marquinhos Maturana para a função.
A nova cúpula alvinegra realiza uma sequência de demissões em todos os departamentos do clube. O número de cortes já chega a 300. Segundo a atual diretoria, a gestão do presidente Modesto Roma contava com 800 pessoas recebendo ordenado do clube, entre os funcionários de CLT (Consolidações das Leis Trabalhistas) e contratos de prestadores de serviço (PJ).
A cúpula comandada pelo presidente eleito, José Carlos Peres, identificou dezenas de profissionais sem qualquer função efetiva no clube paulista. Existia uma lista, aliás, com um ordenado padrão para essas pessoas: R$ 10 mil mensais. A nova diretoria do Santos acredita que, após os cortes finalizados, o clube terá como previsão orçamentária uma economia de cerca de R$ 6 milhões por ano.
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