Vendas emperram e marca de energéticos não será patrocinadora master do Fla
De olho gordo no mercado brasileiro, a Carabao, multinacional tailandesa de bebidas energéticas, anunciou, no fim de 2016, um contrato milionário com o Flamengo.
Passados dois anos, a marca ainda não emplacou no Brasil e o plano de estampar o espaço mais nobre da camisa rubro-negra, algo que aconteceria a partir de 2018, foi arquivado. Com muita dificuldade de emplacar seus produtos em pontos de venda e com problemas na distribuição, a empresa revê sua estratégia de marketing e investimento.
Com o recuo, o mais provável é que os tailandeses mantenham a sua marca na manga da camisa, mas permaneçam pagando os valores correspondentes a esta propriedade menos importante do uniforme, não fazendo o reajuste que seria normal pela mudança de posicionamento.
Em nota oficial, o Flamengo admite a tendência para a próxima temporada e afirma que "está negociando todas as propriedades para 2018 e, como trâmite normal, vai encaminhar eventuais propostas ao Conselho Deliberativo para aprovação, assim como a Carabao, que deve permanecer na manga do uniforme".
Segundo uma das cláusulas do contrato com o Flamengo, a Carabao terá de vender 37 milhões de latas de seus produtos até o dia 30 de setembro de 2018. Caso contrário, o apoio poderá ser retirado. De 2019 em diante, a multinacional terá de atingir um patamar de 40 milhões de unidades por ano.
Caso haja rompimento, o cálculo da multa será feito sobre o valor fixo do trato (cerca de R$ 190 milhões) e caberá aos cofres rubro-negros a metade do montante que ainda tinha de ser pago, garantindo ao Flamengo, no mínimo, R$ 25 milhões.
O desenho anterior previa que a Caixa pudesse ocupar o espaço anteriormente destinado ao outro parceiro, mas o Fla trabalha para renovar o vínculo com o banco estatal, atualmente o patrocinador master rubro-negro. O contrato vigente termina em fevereiro e as bases discutidas são semelhantes a do atual acordo: cerca de R$ 25 milhões e bônus por conquistas.
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