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Bolada por Jô vem à vista, mas Corinthians promete pés no chão por reforços

Jô deixa Corinthians só um ano depois de chegar ao clube - Ale Cabral/AGIF
Jô deixa Corinthians só um ano depois de chegar ao clube Imagem: Ale Cabral/AGIF

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

23/12/2017 04h00

O Corinthians receberá, nos próximos dias, toda a quantia à vista pela transferência do centroavante Jô, que assinará um contrato válido por três temporadas com o Nagoya Grampus-JAP.

Os valores brutos da transferência são de 10 milhões de euros (R$ 38 milhões) e, como o clube possui 100% de direitos econômicos dele, uma quantia considerada expressiva pelos dirigentes será injetada nos cofres. Apesar disso, os responsáveis pela gestão corintiana prometem tranquilidade e pés no chão no mercado que se abre. 

Em sequência à filosofia que apresentou bons resultados nos últimos anos, o Corinthians entende que não deverá fazer grandes investimentos, até porque as finanças do clube não vivem os melhores dias. No início da semana, vale lembrar, o clube recebeu aproximadamente metade do valor total da venda de 10 milhões de euros (R$ 38 milhões) de Guilherme Arana ao Sevilla-ESP.

O objetivo inicial do gerente de futebol Alessandro Nunes e do presidente Roberto de Andrade é concluir negociações que já estão andamento até a próxima semana. Mais especificamente, pelas chegadas do lateral esquerdo Juninho Capixaba, do Bahia, e também de Santiago Tréllez, atacante do Vitória. Outro nome que avança de forma considerável é o de Danilo Avelar, lateral canhoto do Amiens-FRA. 

Ainda não há consenso na administração sobre o que fazer em relação a um novo centroavante. Caso o clube consiga efetivamente anunciar Tréllez, é possível até mesmo que o turco Kazim e ele sejam os atacantes principais, ao lado do jovem Carlinhos. Mas, se encontrar uma boa oportunidade de mercado dentro das possibilidades financeiras, Fábio Carille poderá receber um novo camisa 9. 

A expectativa de que a injeção de recursos possa fazer o Corinthians intensificar esforços por Gustavo Scarpa, do Fluminense, também não é confirmada pelos dirigentes até o momento. Também há preocupação de que o mercado, sabedor da entrada de dinheiro nos cofres corintianos, seja inflacionado por equipes rivais. A ideia ainda é adquirir Scarpa por empréstimo com jogadores que não são prioridade, como por exemplo Lucca, ex-Ponte Preta. 

Na virada para 2016, enquanto viu seis titulares serem transferidos, o Corinthians acabou por gastar mais dinheiro que esperava em reforços buscados de maneira emergencial, casos, por exemplo, de Guilherme, Giovanni Augusto e André. A precaução é que um fenômeno semelhante não se repita desta vez e que a responsabilidade que era de Jô, agora em uma nova equipe, seja repartida por outros atletas.