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De contrato renovado, Renato Gaúcho rompe marca de dez anos no Grêmio

Renato Gaúcho renovou contrato com Grêmio por mais uma temporada na quarta-feira - Lucas Uebel/Grêmio
Renato Gaúcho renovou contrato com Grêmio por mais uma temporada na quarta-feira Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

21/12/2017 04h00

Renato Gaúcho renovou contrato com o Grêmio por mais uma temporada. No início da noite de quarta-feira, o Tricolor oficializou o novo vínculo do treinador, agora com fim em dezembro de 2018. E a permanência rompe uma marca de dez anos. Portaluppi será o primeiro treinador a começar duas temporadas consecutivas no clube.

Ele será o primeiro a atingir o feito desde Mano Menezes, que comandou o Grêmio de abril de 2005 até dezembro 2007, indo para o Corinthians em 2008. Em tempo corrido, Mano está bem na frente. Foram 33 meses contra 16 de Renato. Desde então, uma rotina de trocas pautou o comando do time azul, branco e preto.

Na temporada 2008, o treinador que começou foi Vagner Mancini, trocado após um mês no comando. Veio Celso Roth e permaneceu no leme até o fim do ano, com vice-campeonato brasileiro.

Roth começou a temporada 2009, mas não se sustentou por muito tempo. Acabou dando lugar a Marcelo Rospide e depois Paulo Autuori, que terminou o ano e resolveu não permanecer.

Em 2010, começou com novo técnico, Silas. E mesmo com título gaúcho e uma boa campanha na Copa do Brasil, ele acabou demitido em julho. Assumiu Renato Gaúcho, que levou o time até a classificação para Libertadores seguinte.

Renato seguiu na temporada 2011, mas não durou muito. Com problemas na relação com o então presidente Paulo Odone, Portaluppi foi demitido em agosto daquele ano. Deu lugar a Julinho Camargo, que depois de um mês também caiu, dando lugar a Celso Roth. Ele terminou 2011, mas não ficou no ano seguinte.

Foi Caio Júnior que começou a temporada 2012, mas foi demitido em fevereiro dando lugar a Vanderlei Luxemburgo, que levou o time até o fim daquele ano e começou 2013. Só que a exemplo de Renato, teve problemas com o presidente do clube. Desta vez foi Fábio Koff, que rescindiu o vínculo de Luxa em agosto de 2013. Renato voltou, o Grêmio foi vice-campeão brasileiro, e ele não permaneceu para 2014.

Foi a vez de Enderon Moreira começar o trabalho, mas ser demitido depois da eliminação na Libertadores e da derrota por goleada para o Inter na final do Gauchão. Chegou Luiz Felipe Scolari, que comandou o time no fim de 2014 e começo de 2015, caindo em julho daquele ano. Roger Machado foi contratado e levou o Grêmio até o fim da temporada 2015, começando 2016 no leme.

No entanto, Roger caiu no meio de 2016 após pedir demissão por considerar que não teria mais o que acrescentar ao grupo. Renato chegou, foi campeão da Copa do Brasil e se consolidou no clube. Começou a temporada 2017, conquistou a Libertadores, fez ótima campanha no Brasileiro, renovou contrato e começará 2018. Algo inédito há 10 anos.

A permanência reflete o plano da direção de perpetuar Portaluppi no comando gremista. O presidente Romildo Bolzan Júnior, inclusive, já disse em outro momento que gostaria do treinador por longos anos no comando.