Topo

"Jogo sujo" e experiência. Saiba como Thiago Motta virou fundamental no PSG

Mike Hewitt/Getty Images
Imagem: Mike Hewitt/Getty Images

João Henrique Marques

Do UOL, em Paris

19/12/2017 04h00

A falta dura em Neymar passa impune pelo árbitro. Mas não para Thiago Motta. O volante brasileiro empurra o adversário, faz cara feia e xinga. No Paris Saint-Germain, o "jogo sujo" – expressão usada para quem se utiliza da catimba em campo – é comandada pelo jogador. Aos 35 anos, a experiência e um perfil raro no elenco o valoriza ao ponto de ser titular incontestável.

Por uma lesão no menisco do joelho direito, Thiago Motta esteve ausente do PSG por três semanas. No período, o time viveu o único momento ruim na temporada com as derrotas sequências por 2 a 1 para o Strasbourg e 3 a 1 para o Bayern de Munique. A quantidade de gols sofridos foi encarada como assustadora.

“Sim, claro que faz falta em aspecto defensivo. Não temos o nosso jogador (Thaigo Motta) que dá um equilíbrio maior ao time, mas precisamos conviver com alternativas”, comentou o treinador Unai Emery recentemente.

Thiago Motta e Neymar - Geoffroy Van Der Hasselt/AFP - Geoffroy Van Der Hasselt/AFP
Imagem: Geoffroy Van Der Hasselt/AFP

A alternativa, no caso, foi a entrada do alemão Julian Draxler no meio-campo. O PSG passou a ser visto como excessivamente ofensivo, e a tendência é de retorno de Thiago Motta ao time titular diante do Caen, nesta quarta-feira, no Parque dos Príncipes, em Paris, pelo Campeonato Francês.

“Independentemente do sucesso do time nos próximos jogos, a presença do Thiago Motta em jogos decisivos contra o Real Madrid é certa. Um time em formação ofensiva seria considerado uma loucura”, comentou Florient Tourchet, repórter do jornal esportivo francês L’Equipe.

Thiago Mota também tem grande prestígio entre os dirigentes. A renovação de contrato para a temporada foi assegurada ao final da anterior. Fruto de uma experiência considerada fundamental.

No currículo, o brasileiro tem o título da Liga dos Campeões com a Inter de Milão, em 2010. No PSG, já são seis anos de sucesso em campo e adoração dos companheiros.

“Um cara que ouve o problema de todo mundo, um capitão. Sempre bom parar e ouvir profissionais com essa bagagem. A confiança que ele passa ao time quando está em campo é nítida”, destacou o zagueiro Thiago Silva.