25 anos depois, São Paulo segue "preso" aos heróis do Mundial de 1992
O São Paulo comemora, nesta quarta-feira (13), os 25 anos da conquista do seu primeiro título Mundial. Na ocasião, Raí marcou os dois gols da vitória tricolor por 2 a 1 sobre o Barcelona, no Japão. Após um quarto de século, nada mais justo do que o clube reverenciar os ídolos daquela equipe. No entanto, não é apenas nesta data que se usam os astros e dirigentes daquela época como referência no Morumbi.
Coincidência ou não, na última semana, o São Paulo apostou suas fichas em Raí mais uma vez. O ex-camisa 10 foi o escolhido pelo presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, para ocupar a vaga de Vinícius Pinotti como diretor executivo de futebol. Desta forma, o ex-jogador passou a ser o responsável por coordenar o planejamento da equipe para 2018.
Essa não é a primeira passagem do astro como dirigente. Em 2002, ele foi coordenador de futebol da diretoria do clube, sendo que a passagem durou apenas três meses - na ocasião ele considerou o futebol brasileiro ainda amador para as ideias que gostaria de implantar. Já em abril deste ano, foi convidado para assumir uma das cadeiras no Conselho de Administração.
E não é só com Raí que esse fenômeno acontece. O clube também tentou investir em Pintado, que era volante no esquadrão de Telê Santana. O ex-jogador foi chamado para ser o auxiliar permanente da comissão técnica em abril do ano passado. Ele ficou na função até julho deste ano, pouco depois de o também ex-ídolo Rogério Ceni ser demitido do cargo de técnico.
Algumas vezes, entre os conselheiros, outros nomes de ex-jogadores daquele time, como Zetti e Cafu, são cogitados para assumir algum cargo no departamento de futebol. A fase de ouro de Telê Santana coloca jogadores em evidência de diferentes formas e atinge até os cartolas. Então presidente do São Paulo em 1992, José Eduardo Mesquita Pimenta foi candidato de oposição nas eleições presidenciais de abril deste ano. Derrotado no pleito, ele foi indicado pelo Conselho Consultivo para integrar o Conselho de Administração.
No imaginário dos torcedores, os heróis daquela conquista também rondam a rotina tricolor. Durante as partidas no Morumbi, por exemplo, não são raros os momentos em que o público grita o nome do técnico Telê Santana, que comandou o time entre 1990 e o início de 1996. Tal fenômeno pode ser visto de maneira positiva. Afinal, tornou-se comum a reclamação de que o brasileiro não tem carinho por sua história, enquanto que, ao menos no Morumbi, não será estranho se daqui a 25 anos ainda for feita reverência a Raí e Telê.
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